[Verso 1: Lucas Felix]
Havia fogo na selva, e água demais no bote
Mataram o povo na relva, aquilo não foi um trote
Sem prantos, não existe igreja na mata
Não existem santos na cidade, pega sua cota, cata
Sente só a geada que te corta a espinha
Em êxtase ela rebola, e ela ainda tem espinhas
É o sabor acre do podre que os porcos tanto gostam
Faço a proposta mais suja e pra mim eles se prostram
Foda-se o casto! Castro o vasto campo de puritanos
No mastro sangrando cometem os erros mais insanos
E eu me sento para um chá com meu Consiglieri
No terceiro círculo avisto Dante Alighieri
Tem um maníaco correndo no corredor da minha mente
Ele tem frio, olhos vidrados e uma faca nos dentes
Louco! Como quem inala dois litros de amônia
Frio e calculista, como o chão da Patagônia
Porta agonia de novecentos infernos
Tem nojo do ego inflado desses peões de terno
Cada olheira é uma estrada e cada estrada um abismo
De sua boca escorre o supra sumo do sadismo
Sadomasoquismo é rezar o Pai nosso
Pois o pecado é seu vizinho e o diabo seu sócio
Anda com putas, pastores, andarilhos e sábios
Venda almas com sua pasta, compra elas com seus lábios
Diz que o inferno não existe e vende pa**agens pro céu
E um tão de Emanuel é seu cliente fiel
Mora de aluguel na torre de Babel
Trepa com os anjos, engravida Jezebel
Está na Cidade de Deus, no Ipiranga também
Seu disfarce favorito é míssil em Jerusalém
Ser ou ser! Custe o que custar!
A morte não existe se há uma alma pra tragar!
[Verso 2: Rômulo Boca]
Pouco lirico
Bastante sádico, mágico
Assim sou
Remo órfão e o clã da rebel soul
Queima-se hortas, transformam rebanhos em hordas
Tranquem as portas
Porra é o fim dos tempos
Essa frase é tão clichê quanto esse som e mesmo a**im nada é obvio
A mulher e o dragão
Tragam se os dias, deduza como queira tal colocação
Meu pai morreu quando eu nasci, ou seja órfão por opção
O mundo é um moinho ainda
Se vinga da tal raça que constrói e é imprestável mesmo a**im
Sim sala bim a voz muda mas ainda sou Caim
Caiam por terra, homens e guerra, caiam por terra
Homens em guerra, considere morte quando a alma se entrega
Caiam por terra, homens em guerra
[Verso 3: Wendel WNL]
Muito lírico, bastante sádico
Cênico...me chamam de cético
Me chamam de cético!
Só que chamam, e eu não me acho!
Me dou o luxo, sei que me faço
Sei que conheço os Sete céus do onírico
Dionisíaco...Chanson, Chanson de la plus haute tour
E todo aquele bla bla bla, e todo aquele bla bla bla
Que eu nem quero falar! Fala tu!
A lá, olha lá! Agora é belo ser louco
Misticismo escroto, muita ideia patética
Minha mente continua cética, e continuará
Enquanto o seu ocultismo não pa**a de merda estética!
No abismo
Pensamento pueril, vai pra puta que te pariu
E pergunta quem foi que pariu a puta da tua mãe
Não há respostas, há muitas putas!
Por isso há tanto espaço pra charlatões
Que se pa**am por Zaratustras!
No abismo
Onde o chicote estrala das entranhas as estrelas
Sim, lá, o céu se esquece de ser azul
Zoa a cabeça de zumzumzum
E a percepção ganha zoom
Desse puzzle moral e ético
Sim, cético!
No abismo
Pois bem, pois bem!
Tenho fé suficiente pra bancar meu ceticismo!
Da ALMA ao Caos, LAMA na Casa!
''Estou interessado em qualquer coisa sobre revolta, desordem
Caos. Especialmente atividade que pareça não ter significado...''