Vá, se mande, junte tudo Que puder levar Ande, tudo que parece seu É bom que agarre já Seu filho feio e louco ficou só Chorando, feito fogo, à luz do sol Os alquimistas já estão no corredor E não tem mais nada, negro amor A estrada é pra você E o jogo é a indecência Junte tudo que você conseguiu Por coincidência E o pintor de rua, que anda só Desenha maluquice em seu lençol Sob seus pés, o céu também rachou E não tem mais nada, negro amor Seus marinheiros mareados Abandonam o mar Seus guerreiros desarmados Não vão mais lutar Seu namorado já vai dando o fora Levando os cobertores, e agora? Até o tapete, sem você, voou E não tem mais nada, negro amor As pedras do caminho Deixe pra trás Esqueça os mortos, eles não levantam mais O vagabundo esmola pela rua Vestindo a mesma roupa que foi sua Risque outro fósforo, outra vida Outra luz, outra cor E não tem mais nada, negro amor E não tem mais nada, negro amor Negro amor