[Verso 1] Me fechei nessa porra fadado a amargura e chão No silêncio eu fiz treva, conceito e visão Demorei pra conseguir entender que inimigo era em vão Vi cada vez mais claro o que era só sensação Tive só, mesmo que fosse só o segredo Vi uns amigos partirem mais cedo a**im Sei que eu já tive medo sim Juntei caco de mágoa, e de um vago apego, é o fim Vi minha mente vagar na estação, tempo bom pra mim Ilusão pra mim, olha bem pra mim, fez lembrar do Binho Nas mansões de Abril vi que os muros cederam sozinhos Meus pés não atrasaram a matilha no frio, eu vim Já entendi campinho, labirinto enfim, criei meus caminhos Vaguei só nos pesares, derrotei moinhos [Refrão] Hoje eu sei, das vezes que eu quis parar Quando eu quase cai, levantei Só que que hoje eu sei, dos tempos que eu me perdi E que em poucos momentos me achei Hoje eu sei, dos dias em que eu não dormi E não quer dizer que eu não sonhei Mas hoje eu sei pessoas que é bom lembrar E das fases na vida que eu já pa**ei [Verso 2] Tentei reviver, renegar pra esquecer Vi minha fé cansar, vi o Matheus crescer Minha voz refletir, minha mão registar Vi meu som renascer, nego, é de arrepiar Eles vão me aplaudir, depois me admirar Vão querer ser por mim, isso se eu não errar Sei que eles vão saber, vermes à espreita no crowd E sou eu travado o reflexo de Stephen Hawking Eu me sinto culpado, isso é fato, eu parti E tenho evitado o pa**ado, eu sofri E o mar se encumbiu do meu barco Eu não sei mentir, também não tenho tentado Eu pensei: "A vida é pros fracos, me deixa só" A esperança é o legado e que seja só Minha vitória é meu fardo e que eu esteja só Meu caminho é guardado, ele almejo e só [Refrão]