Sei que meus braços são pedaços de uma manta Quando eu te abraço, mas eu não te quero santa Não tem jeito, nem adianta Não te quero num retrato Pendurada em qualquer quarto Pois eu não te quero santa Não te quero presa a imagem da procissão Levada por mãos acesas que caminham em cordão Não te quero submissa as promessas e as missas E da feira até o leito, eu te quero e te aceito como és Minha filha, minha mãe, minha irmã, minha mulher Minha filha, minha mãe, minha irmã, minha mulher Não te quero santa, não te quero santa...