[ Refrão 2x ] Cegos não me corrompem, nem Se meu ego ecoar além Pregos não pregam esse amém Disso eu não viro refém [ Verso 1 - Uthopia ] Cegos não me corrompem, eu to isento Cadê a construção do teu monumento? Te entrego barras, pro teu orçamento Concreto, só se secar o cimento Uh, tijolos eu empurro, segura esse murro Te juro que eu pulo o muro, cuspo na cara do sujo Cujo tenta me jogar no escuro Poucos sobram, porcos infestam a colheita desse século Composto por incômodos, acômodo Raro é o trigo, só se colhe o joio Noite após noite, tive retorno Minha cabeça martelava e eu não pregava o olho Mas cada tijolo ainda é um conto E a pirâmide se mantém no jogo Rap, o alicerce, a história se exerce Exercito um exército de êxitos Não hesita, moleque, agita, ou desce Escolhe, diáspora ou êxodo [ Ponte ] Êxito no êxodo, veja o que resultou, eh! Veja aonde que eu tô, e veja se eu trouxe complô, eh! [ Verso 2 - Uthopia ] Eu to exausto, cara. Todo dia é um holocausto e não sara Se não o afasto, ele vara, gasto e vasto de fasto, jaz o que há no meu prato, para: Tanto eco no ego desses prego, que agonize o cego Que mal sabe o que carrego, é eco, não jogue sujeira No córrego onde sempre escorrego É o esgoto do meu próprio desgosto Se eu me esgoto, a**ino o meu fosso Não quero ser como fósseis, é osso Só se lembrarem quando tu tá morto Sou só um pa**ageiro em constante análise Jamais abale-se, afaste-se do que te cede o sepo As paradas me deixam confuso até a base - mas Não sou complacente, percebo o placebo [ Refrão 2x ] Cegos não me corrompem, nem Se meu ego ecoar além Pregos não pregam esse amém Disso eu não viro refém [ Verso 3 - Uthopia ] Fé com etiqueta de preço, de forma pagã, pago minhas contas e sigo Mentiras te deixam em débito, eles dão crédito à isso, eu não acredito Meus dias vem e vão, vago em vigia Na procura de vagas em pessoas vazias Varria vadias das vias que escoavam à mim com pressa Compressas e vacinas pra sarar anomalias, não Curariam minha face que urgia melhorias Mas, pa**avam-se horas e ora, nada se via Meu sangue cada vez mais fervia, nesse surto de epifania E o que seria de Golias se Davi não tivesse dado a pedrada no topete Muralhas que perduram enquanto ninguém se opõe, guardando a sujeira embaixo do tapete Peita, covarde, vê se aguenta, tenta, sustentar a habilidade A rua não é lugar de lixo, bicho, e isso é sustentabilidade [ Ponte ] Marijuana nas mentes dos João e Joana Seco igual uma Iguana, peludo igual Lohana Uma presa na Savana, presa no Nirvana Não se engana, tu num é Shiva nem Brahma Tu quer coma ou uma cama em Roma? Tu quer soro pela surra ou uma Brahma? Tu quer furto, surto, ou luxo com a dama? Tu quer teu supra sumo? Então suma ou soma!