[ Introdução ] S.olução A.temporal B.asicamente A.rticulada [ Introdução ] Trechos do filme Pulp Fiction [ Ponte 1 ] Nem tudo que existe é aquilo que eu espero Quem disse que o céu é o limite? Quem disse que é isso que eu quero? [ Verso 1 - Uthopia ] No dia a dia a ironia banha as ruas, ensopa quem vive à sopa Te descarta, povo se esgota por um esgoto e não resta uma gota Um a mais ou menos no cardume, o chorume de uma colisão Por dentro ruge aquela rude fração de aflição Eu me prosto e vejo um diagnóstico de multidões enfermas Lesos, loucos e an*lfabetos, morrem sem deixar pros netos Ao meu óptico, nada se opta, é óbvio, alegria é efêmera Rezo um pouco ao meus seletos, pra seguir o trajeto Sem auxílio ao feto e a mãe, clandestinam uma escolha Só destinam afeto à opiniões, nem se importam com quem morra Discursos de ódio na imprensa geram eco, ato que me preocupa Não absolvo gente absurda Combatem como doença, traveco, viado e puta, vivem levando surra como se fosse cura Farmácias são bocas com CNPJ, doutrinas arrasam igual Katrina Almas que pecam, as mais devotas, gangrenas que se acham penicilina Crianças e esmolas, a menina rebola, Punk e Funk a**ustam mais do que Skunk e evasão da escola Assalto à luz do dia, "POW POW"blema teu, minha querida, se vira Não vi nem ouvi, tô no buso pra firma, e amor ao próximo aqui é demagogia [ Refrão ] A demagogia que nem o Papa cumpre, se pã Amor ao próximo só se ele for cúmplice, hã Opinião própria é muito esforço, aqui ninguém para e pensa um pouco Tapem as fendas Sem surpresas, avulso à esse povo que com pouco se contenta Quem estuda vê que nada muda Manobras garantem a renda [ Verso 2 - Uthopia ] A noite cai por Curitiba, e as pontas vão se queimando Vidas, vítimas, estatísticas. - Ô, cê tem faísca, mano? Vias velozes, luzes furiosas, das ruas surgem prosas Surgem rosas, que urgem novas, venenosas histórias E com a lua vem a garoa, umas garotas querem Garoupa Se preciso até tiram a roupa pra te deixar numa boa As calçadas servem de goma, tu se compadece? Corpos decoram a paisagem Imigrantes, nativos, inativos no INSS, pros nossos olhos tem camuflagem Me falta frieza e faixa etária pra me contentar com o holerite Motivação é minha busca diária, eu e uma leva no limite Por mil motivos, abismo no vício, ofício que leva à desgraça Suicídio sitiou mentes, água-ardente já ceifou vários de graça E pelos tubos que pa**o, desde o Santa Cândida ao Capão Raso As faces brotam e mal se notam, nesse emaranhado de gente não vejo mais laços Desde cedo, já percebo medo e receio, o que cedo não recebo Ganho rabisco após dar um sebo Mas a culpa é do peso que levo no cenho Relevam o que tenho, mas a si não revelam desde e de onde venho O fato só vai ser pra mim, o fardo que carrego até o fim O infarto do dia a dia e, o quão farto fico só de pensar se Todo meu gás sumir, meu sócio falir, meu corre não progredir Mas "tim-tim" por "tim-tim" vou somar "din" e nocautear igual Ali [ Refrão ] A demagogia que nem o Papa cumpre, se pã Amor ao próximo só se ele for cúmplice, hã Opinião própria é muito esforço, aqui ninguém para e pensa um pouco Tapem as fendas Sem surpresas, avulso à esse povo que com pouco se contenta Quem estuda vê que nada muda Manobras garantem a renda [ Verso 3 - Uthopia ] Almas preguiçosas em ma**a, preocupadas em ganhar músculo e ma**a Sem escrúpulos, o cúmulo do corrupto em cúpulas Senhas, certas fêmeas, blasfêmias, um eufemismo à mim, feito Sodoma e Gomorra Não vai te restar um resquício no fim disso, pique Sayajin no teu rim, só dão uma. Go! Morra! Só petulância, corre a ambulância, se instala o caos Sofrem as crianças, morre a esperança, e só mudam o ramal Trogloditas ditam preceitos, poliglotas soam como anedotas Crocodilos rondam o ábaco, mas acabou, lorota, cês não são patriota Pecado gerou eco, serpentes oferecem frutos Aparelho da Apple pega a mente e faz o furto Cegonha dá crise, crise tá em todo lugar, é tipo amônia Síndrome de Estocolmo, insônia à quem sonha Suponha que uma cerimônia simbolize fim de um deslize Disponha de engodo e vergonha