7 da manhã ligeiro to de pé De olho no jornal enquanto tomo meu café Tevê já logo cedo com notícia a toda hora Traz a dúvida cruel se eu ponho ou não o pé pra fora Acidente , tiro são destaques no cardápio Servido a quem não escolheu na vida ser larápio A frieza desse mundo faz com q eu me agasalhe E a necessidade faz do medo apenas um detalhe Denovo, to pronto pra minha guerra solitária Já que minha sorte não tem sido muito solidária Minha mãe ora por mim pois o meu trampo lhe preocupa E na pista lembro disso e sinto Deus em minha garupa (ufa) , musica no fone deixa calmo Atento , pois meu destino não é os 7 palmos Da terra da uva até a terra do nunca Transitando vou, entre palácios e a espeluncas Sem preconceito , faço valer a minha vaga Me apego ao q pago e valorizo a quem me paga Acomodado não! é bom ter um salário E melhor ainda o gosto de se fazer necessário... Placas e Out-dores por todo trajeto Chapas e mulheres trabalhado de Objeto Pessoas sem rumo vagando pelo limbo E outras queimando sua vida num cachimbo De janeiro a dezembro em toda estação é a paisagem que deixa até palhaço em depressão Enquanto eu piloto, na mente eu anoto Coisas que fé eu não boto , mundão ta feio na foto Polícia militar é pra servir e proteger Atiram primeiro segundo e terceiro e depois vem pedir o R.g Causa e efeito, em todo sentido Já q todo motoboy ou é suspeito ou é bandido Fui liberado , será que hoje fui uma exceção Ou excepcionalmente aquele tinha coração Não sei , ao menos consegui sair do panico A meta agora ser sobrevivente desse trânsito Chegar em casa e reencontrar todos em paz Sorrir ao ver o alívio no sorriso dos meus pais Bem longe da cena e bem longe da pena De quem queria me ver hoje ao vivo no Datena! Esquece! , as estatísticas não me atinge Tenho trinta de idade com o folego de quinze Preparado pro que der e vier E disposto para o próximo Dia qualquer ....