(Verso) Como chuva pensamentos caem sobre as folhas do meu caderno Dando vida a cada traço que me torna eterno Derrubado eu aprendo mais que elevado e lendo Eu absorvo das letras calor em meio ao inverno Infelizmente eu vejo fim em cada começo E afeto quem divide o endereço cada vez que pereço Viemos pra servir, mas não dentro de tecidos E tem sido tão difícil separar o joio do trigo São tão poucos amigos e raros amores Aumentam sua importância, indefinindo valores E elevando as dores na sua ausência Difícil ter paciência se sua vista não enxerga as flores Pois tudo é, tão veloz Precisamos da natureza e a tecnologia se torna o algoz Pensando sempre no após, o presente é esquecido Será que é preciso tanto futuro se o tempo é feroz? Devora os segundos e leva pra longe E só para quando encontramos onde a felicidade esconde Sorrisos e lágrimas, abismos e páginas Abrigos que são paraísos pois contém as almas E não só corpos que vagam, que pelas ruas se esmagam Apagam o que foi escrito por quem vai além do que pagam E eles desabam quando descobrem Que o preconceito deles é menor que minha vontade Então esnobem à vontade, é só valor que acresce É difícil encontrar quem sabe dá o valor que essa porra merece! E a minha raiva só cresce, mas é pequena perto das conquistas Dessa lista eu já risquei mil sonhos, ainda tenho mil em vista Não pago à vista nem pré-datado Só lanço a vista bem preparado, sozinho mas não separado De longe eu vejo o futuro onde o pa**ado é criado Então no presente eu deixo o legado (Refrão) E eu vou tentar viver, com sonho de crescer Mais alto do que todo mundo pode enxergar E se eu cair vai ser, pra tentar aprender O quanto a vida bate e o quanto pode ensinar E se ela mostrou, e o tempo chegou Testando o amor, eu agradeci Se eu sei onde vou, é porque hoje eu sou Mais forte que a dor, que um dia venci (Verso 2) E de que me vale a distração, descontração só me atrai Quando não trago em cada traço a pureza que se esvai Naquilo que observo, nem me preservo Quando da fuga eu viro servo, se me reservo Conservo cada momento que me fez mudar de rumo Ontem era estilo livre e hoje livre sigo pelo mundo E vagabundo vai, da meta corre atrás Sem essa de jamais "Mas", "talvez", "outra vez", "tanto faz" Tanto fez quem odiou, diferente quem amou No presente, sem presente, só conquista que ficou Já nem conto quem ficou e quem partiu Não sorriu, nem me viu no começo então agora shiu! Só ouço o coração e o que minha alma pede agora Minha mãe que em casa chora cada vez que eu tô lá fora Meu pai que sonhou isso muito mais que eu, não percebeu? Essa porra é minha vida e o caminho é mais que meu É de todos, somos somas de influências De mãos que são estendidas, pesos na consciência Medos e dependências, vejo incoerência Em cada beijo sem essência, falência De quem gritou violência querendo um abraço Que faz, a diferença pra quem já não quer mais Não é só "quem quer faz" No fim das contas só o amor é eficaz Muitos vão fazer de conta enquanto o mundo, mano, aqui jaz E a esperança dá lugar pra outros sentimentos Que através do vento não vão transportar E só olhar pro lado e se ligar E se ligar a TV pra olhar, diferença não fará Pode pá que é pessoal... De dentro pra fora interfiro no todo Se não foi ontem é agora que eu renasço do lodo Só tristeza em meio à tristeza, produto do meio, eis de ser Quem disse? Rosa que nasce no concreto, é sua vez de ser