O tempo, esse bandido, clandestino Salteador de estradas e memórias Mistura numa névoa, libertino O pa**ado e o futuro das histórias O tempo de dizer: a vida é breve O tempo de viver, há quem o diga Só espera p'lo diabo que o leve O tempo tem mais olhos que barriga Insinua os dedos de rameira Remexendo em tudo, muito embora Seja sem prazer que tudo queira Trinque e deixe a meio e deite fora O tempo de dizer: a vida é breve O tempo de viver, há quem o diga Só espera p'lo diabo que o leve O tempo tem mais olhos que barriga O tempo que se esconde de emboscada O tempo que te foge a sete pés O tempo que no fim não vale nada...