Snow - Chacina lyrics

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Snow - Chacina lyrics

[Verso 1: WR] Ao longe eu avistei um certo tumulto E reparei a igreja abandonando o culto PM em posição de guerra No pé da minha terra Mulheres gritando pois só pobre que se ferra Vi uma mãe a os prantos Curiosos aos cantos Olhando A os poucos multidão se aglomerando Minha curiosidade foi maior que o meu medo Será que é mano meu? Parente meu? Que esses Pompeu largaram o dedo? Liguei lanterna do meu celular Não me deixaram chegar Ao menos me aproximar Então comecei pensar Se é bandido ninguém vem Provavelmente quem está ali são pessoas de bem Eu estava certo ! Usei da força bruta e reconheci o Roberto Menor de 16 mlq puro e esperto Que Nem beber, bebia Que Nem fumar, fumava Que ainda aprendia o que é errado e o que é certo Mas quatro a o lado dele eu achei incrível Reparei que um ficou irreconhecível O sorriso do demônio insensível Pra muitos o sistema ainda é invencível Podia ser tu ou ser eu Podia ser nós Sonho que morreu Não vou calar minha voz Mas por um momento quero gritar mas não consigo O desespero das famílias e amigos Nesse relato pessoal me ligo Que quem devia proteger virou o pior inimigo [Verso 2: Slow] Ruas escuras Almas apagadas, as pegadas somem no breu Eu? Vejo fogo no pneu na estrada Nada cura a amargura do ente querido Morto por um doente de farda A justiça tarda e nada Não resolve nada e o revólver apaga a saga A sina de jovens na esquina manchada Assa**ina pm, a retina treme, lágrimas e luto Escuto a sirene na baixada Na ZN, pavio e querosene, quem não deve, teme Barco sem leme, sangue do leme até a esplanada Em irajá a ira já toma conta na ronda E se na rua aponta uma honda PM atira e tira a paz da quebrada Os da quebrada de quadrada e fuzil, ritmo do rio Tiros 1000, gente vil, ninguém viu da sacada Em cada escada se esconde um bonde Onde a alma não é lavada Acende vela na favela que fica calada Novela e novena na tela de cinema parcelada O IBOPE versus o hip hop disputam a molecada Recrutar antes do crime, apartheid é o regime Pro pezão Só 5 vi das ceifadas A viatura é rastreada, a munição é contada Mas tipo um conto de fada A corregedoria não faz nada Caixão na terra, sem compaixão na guerra Povo versus elite Se enterra pretos e gente favelada Se não foram treinadas as mulas armadas são culpadas Junto com as gravatas (mentes atrasadas) Perícia cheia de malícia A milícia observa tomando cerva gelada Mais uma carcaça gelada não identificada Municiada e despreparada punhos E armas apontadas pra plebe parda Justiça injustificada Dividiram a parada desde a escravidão Licenciada a corja aliciada até no povão Pra proteger uma elite safada Slowdabf Cansado de enterros de inocentes numa guerra militarizada e financiada [Verso 3: Santuspê] Bala sob a retina Nova rotina Mina onda medina Gênios na esquina Pra esse ódio não tem medicina Não fode meu clime Tô entre os de cima Sou aquela sua parte do show Tão cara quanto droga fina , somos Negros e mais negros Alimentando sua fome de sangue Medos e mais medos Farda azul derruba pobre aos montes Cedo hoje cedo, eu pa**ava como já fiz antes Mantive o receio, e o susto se fez meu semblante Carro branco ,esburacado, dez fardado a**ustado Cada qual com seu fuzil, claramente alterados Moradores gritam alto, é inocente absurdo Eles se fingem de surdo,fecha a pista e tampa tudo Muito alarde , lágrima estampada em toda parte A minha mente arde, minha terra tomada por covarde A cena é puro back Indefeso ao som do click clack 111 tiros , crime cometido Um sabadão no park Buscam justificativa Chacina inexplicável Não vai ter segunda vinda Humanidade é deplorável Já que é preto, é bandido Taca a peça, tá tranquilo Era do smartphone, cê faz isso, tá fodido Os culpados foram presos mano Mas não é surpresa mano Que a poeira abaixar, na rua vai estar E continuar matando Já confundiu, macaco hidráulico, fuzil Dois caiu Costa Barros tá brabo, sorriso sumiu O cara de terno Não pensa no choro materno Burgês externo, acha que merecemos Somente o inferno, não fode Pecado da minha gente é nascer pobre , e não minto Que o sistema é falho Inocentes hoje é menos 5 Ninguém na cena Os preto é capa de revista Menos 5 bandidões Bata palma pra polícia Esse ódio me atiça , sangue pobre não é notícia Tu se choca se é na suíça, Pavuna pede justiça

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