[Refrão] Um cão de guarda farejando em sua direção Leões e vermes invejando sua posição No silêncio, planejando na disposição E diz que tão, pra resolver [Verso 1] Almas e copos, copos e almas Armas e corpos, corpos e armas Se vão, entre as bala, vários mala Os que dão pala e seu sumiço sem coordenação As ruas sentem falta de quem age Uns morrem por covardia, outros por excesso de coragem É a real da qual eu me esquivo Já escolhi meu lado, vou ficar do lado dos vivo, tio Como quem joga, tá ligado Não existe bala perdida, existe inocente no lugar errado Se pega 100 talvez meia dúzia se apruma Conheço bastante as lei pra saber que aqui não existe lei nenhuma E é fogo contra fogo, de novo Preto contra preto, povo contra povo Pisando um no outro, pra fugir da lanterna Culpando o sistema, sendo que nossa guerra é interna [Refrão] [Verso 2] Uma dúzia marcha de bombeta Na mão direita um cano, no olho brilha a intenção O inimigo é invisível, como já é previsível Vão disparar em todas direção Mente sã, corpos são, platina aos porcos são Rotina, vietnã, chacina e a condição É sina, cê cita pára respira (Aaaah) Vagabundo se cê apontou, atira, porque se não O jogo vira, e na verdade A sociedade fez o crime, mas o crime tomou a sociedade Na moral, o jornal não existe sem o bandido Que não brilha sem o sensacionalismo do jornal Fatal, pra quem enfrenta desarmado Direita, esquerda, o clima é interessante pros dois lado Só que no final quem é que sai ileso Os boy que perde uma grana ou os preto que apodrece preso? [Refrão] [Outro] Mas na rua negócios são negócios!