[Verso 1: Neto] Marionetes de escritório. Revolucionários de auditório Céticos, utópicos. À mim, contraditórios Limitados á teoria, não me sensibiliza Muita sutileza pra minha grosseria Aprisionado à mania de an*lisar conflitos Encontrar motivos. Percebo, logo, existo Pelo que tenho visto, o ímpeto é inevitável Omissão, inadmissível. E o silêncio, intragável Porque não há cômodo que a injustiça não alcance É difícil de entender, se você vê só de relance O mundo abastecendo o inferno de louco Já que o que você quer eu quero E o que você tem pra mim é pouco Toma seu comprimido de alienação E tenta sorrir lembrando que essa foi sua decisão Fingir ignorar o que te comove Te incomoda. Mas mudar tá fora de cogitação, né não? Perfeito, enquanto durar o efeito Liberto da consciência, e acolhido pela ilusão E essa é sua opção, diariamente E o que mais me revolta, é o conforto com a situação, jão E é o estalo quando seu vazio transborda Metendo o louco si mesmo, fingindo que você concorda Sente o peso, é frustração à longo prazo Se não despertar, virar vilão não vai ser por acaso [Verso 2: Leo] Já que o acaso não existe. Na Terra Esse caso resiste. Nós erra e ainda insiste Consiste, a vida: Em fé e esperança pra ver condição "Nem vem que não existe! ", ó só, persiste a acomodação É triste, mas tá aí, nua e dita verdade Pra se expressar não há liberdade Mas não impede a minha expressão Firmão? Mesma postura, mesma escrita Outra conduta: Urgente à luta, pra universo a dentro, edificação Elevação da consciência, o mundo pede Globalização, função de iPad Torna mais distante essa noção. Evolução falsa Soa igual verdade no seu subconsciente alicia O consciente denuncia A distração. Indagação da enganação Só poesia, não, trago até você Descaso deixar a mercê da má interpretação Compositores progressistas, voam além das regras Radicalistas, se doam em suas entregas Sacro-ofício por mudança, sem muro nem anestesia Ao foco, líderes, carece o tom sem cortesia