Brincando ontem meia nua, pela areia, minha infância pouco a pouco vi pa**ar, ela fugiu sem que eu me desse conta, sonhando com voar. Ir brincando com o vento, além sobre a agua um momento. Viver sonhando, à beira do mar, junto as rochas, um dia aprendi a voar, aprendi a voar como as minhas gaivotas. E fugi longe dali aquele dia, sem olhar para trás julguei que nunca mais voltaria. Encontrei um cardo, uma flor, um sonho, um amor, uma tristeza, fui sozinha e logo fomos dois, um beijo, um adeus, todo começa. Outra canção, outra ilusão, outras coisas, e farta já de andar voltei a procurar as minhas gaivotas. E não as vi, elas também se foram desse lugar que um dia nos juntou, fiquei sozinha buscando na areia, a infância que já pa**ou. Elas não hão de voltar mais, elas a deixaram para trás, debaixo da areia, à beira do mar, ao lado das rochas que não sabem voar, que não sabem voar como as minhas gaivotas. E a**im vou, mais triste vou que nesse dia, quando sem olhar para trás julguei que nunca mais voltaria.