[Verso 1: FBC] Tem dias que eu fico puto Na disputa pela pelegar Redução de danos, polegar Quebrando a mística De mais um galeguinho Rima azedar Vim pra coalhar seus Polenguinho Mistura de Cabana e São Bené Palmital e São José Cafezal e Sumaré Treta para os Belvedere A cidade é nossa posse Seja nas ruas, no Centro ou nos rabiscos de Goma e Cossi Deuses Vivos Pode disfarçar a tosse Não temos grana que nem Flausino Nem buds feito skunk Mas tamo pra foder com o game Tomar a Globo inteira começando pelo Luciano Huck Um de nós em cada mídia Implodindo o sistema e qualquer um que vir pra mediar Assim a tropa avança Dinheiro foi nossa justiça Agora queremos vingança Crianças com quilos de ouro, homens catando lata Quem não se abdica vira um "burrocrata" Donos de um monte de nada Outro capitalista, materialista, protestante Do lado errado da quadrada A minha educação não soube Me implicar a lógica que funciona pra que o esperto roube Dobro os joelhos pro que brilha Nem acho o dinheiro tão bom Já que quem curte não compartilha Construindo pontes, demolindo bancos, desviando o rumo do dinheiro Índios, criança selvagem, implodindo prédios do sistema financeiro Construindo pontes, demolindo bancos, desviando o rumo do dinheiro Índigos, criança selvagem, implodindo prédios do sistema financeiro [Verso 2: Oreia] Quantos quilos você tem ? Toneladas de ideia Se o consumo é exagerado, se perde na química Quantos quilos você tem ? Lembro que esqueci quem eu sou É buxa de papo reto, eu vou abater o vapor Deuses vivos, somos nós a justiça Tem coisa que vicia, fácil de se enfeitiçar No interior, chegou droga, chegou arma Quanto mais verde o produto, menor o Karma Vários adeptos da planta hidropônica Se perdem em sintético na música eletrônica O que separa o veneno do antídoto É só a dosagem medicina anti-doutor Anti-capitalista, remédio do meu vô Acabando com todo esquema farmacêutico Sombra, razante louco, o quê que cê veio fazer aqui [Verso 3: Sombra] A mente tá em choque, pois a mente tá doente Doença da sociedade a sociedade tá enferma, gente É, já deu pra entender, não vou me envolver O que muitos não enxergam, outros não vão perceber Visão na mira e a mira na imensidão De alvos até onde o globo ocular alcança Entrelinhas não é arma, mas também da tiro Ouço, vejo várias coisas, e é nisso que me inspiro Também trafico, informação Rotina de homens viciantes com o mic na mão De tonelada, só carga lícita A lei dos homens não encostam quando estamos na pista E quantos quilos você tem? Toneladas de ideias Se o consumo é exagerado, se perde na química Quantos quilos você tem? Lembro que esqueci quem sou É bucha de papo reto ou vamo abater o vapor [Verso 4: Matéria Prima] As culpas me corroem, mais que vermes a Brás Cubas Dívidas, dúvidas, esculpidas em Carrara Sólidas, verdades cuspidas Escarradas pela boca da vida Sórdida, amigo eu não me acho por isso eu não me perco Mas se eu perco o sono, eu acho que fechou o cerco Problemas me rodeiam, a cama vira arena E eu lutando contra mim, de um lado por outro Parece até um filme, já viu essa cena? Assim cê me a**usta o sistema não é um tema Só sou eu com minha falhas, fumando um de palha Navego em um mar de lama, e quem sabe o barco não encalha Na ilha da paz, discutir naufrágio Pelas estradas eu cansei de pagar pedágio Eu quero entrar no céu de credencial E descobrir um arquivo confidencial Um pergaminho que vai mostrar o caminho Um atalho onde o sangue não talha, sem espinhos Mas tropeço na ilusão e caiu na real, man Alimentamos um redemoinho Que deixa um rastro de angústia que penetra nos ossos Sentimentos curiosos, medo, ansiedade E nos deixa entre os próprios destroços Lutando pelos escombros da cidade Deixa um rastro de angústia que penetra nos ossos Sentimentos curiosos, medo, ansiedade E nos deixa entre os próprios destroços Andando pelos escombros da cidade [Verso 5: Froid] Meu vocabulário é esdrúxulo Eu aprendi a ler no estábulo Sujo, esperando um horário Parecendo um caramujo Encontrei refúgio, lá na casa do oráculo Foi um dia de emoções, de alegria e lágrimas Falamos sobre os aviões, sobre a rebelião das máquinas Sobre estúpidos, místicos, plásticos Especiarias enviadas do Pacífico Por que que Deus criou a noite? Eu gosto do dia, mas eu, eu sempre acordo tarde Dai eu vivo pela noite, que me acaricia Na carência de claridade Me trata, igual criança Me cobre igual adulto Me enche de esperança, me tira tudo Ei você que me manda sinais, ou me acorda Ou me acode, isso é um sonho? Eu não aguento mais [Verso 6: Vinição] Quanto tempo você tem ? Pera ai meu mano, eu não sou ninguém Doido pra ser alguém X-9 não me faz de refém Sujaram sua entoca, e cê nem viu quem Nem em meus pensamentos me alcançam Caminho tranquilo, sempre crescendo, estive panguando Desacreditado, beck na mão, fumando cigarro Troquei pelo mic, fechei meu punho Realidade apagou os rascunho Olha pra mim, veja o que me tornei Chapado no foco, de cara com a lei Seu corre não vira, é preguiça, ou falta de inteligência, ei Seu corre não vira, é preguiça, ou falta de inteligência, sei Mentira, lavada estampada aqui bem na minha cara, não dá, te falei Cansei, já ultrapa**ei, dogmas e leis Droguinha em recreio Todo mundo rindo mandei o papo Riram, mas ainda deixei Convicto e claro, a**im transbordei, desembolei Desfiz o seu nó, contestei Otário, abusado, chegou maquinado Achando que eu ia pagar pau Não me leve a mal Com mic na mão, bom man*seio Atinge a moral Não deixa sermão, a língua é vital Lave a roupa suja Estenda o varal Sair dessa virose criando contenda Se entenda e não põe a voz no vendaval Agora que as pedras viraram, viva Se tentarem pa**ar no caminho, briga Tô nem ligando para as dificuldade Sigo em frente alimentando habilidades [Verso 7: Cachorro Magro] Se dinheiro é maldição Ele, cospe, cospe, cospe sangue Dinheiro é a solução Então chumbo cospe e ele cospe grande Se dinheiro é maldição Ele, cospe, cospe, cospe sangue Dinheiro é a solução Então chumbo cospe e ele cospe grande Os botecos cuidam dos bonecos Pra que os "pouca chance" não percebam e tenham um treco Ou um troço! Pelos netos, NOSSOS! Um monte de igreja pra me lembrar o quanto eu peco E que eu não posso possuir nada do que eu peço ou gosto senão eu treto e eu toco o Foda-se E a sua vida vira um objeto Se a minha vida não é isso ela está perto Pode ser por uma rua que não asfalta Essa merda desse imposto que não volta Uma professora ruim que sempre falta Parece até que favelado tem escolta Chega arma. Chega droga Fazem o povo batucar e jogar bola Em projeto social que não decola Essa porra dessa UPA tá falida igual uma escola