[Verso 1] Seres sem face, ma**a de manobra Guerra de cla**e, matéria prima mão de obra Pretos sem base, ódio e disposição de sobra Para se armar contra os seus o apetite dobra Ribeirão das neves, minas gerais, brasil Tamara franklin, o eu lírico da historia que não se ouviu Só se sentiu, revolta qualquer favelado Onde o esgoto é a céu aberto e os corações são fechados Vida hostilizada pela localização geográfica As peças da r.o.t.a.m controlam a densidade demográfica E é preto contra preto lutam por medo da sorte Irmão que mata irmão suja as mãos com a própria morte Manipulação na tela que padroniza a mentira Se somos todos iguais para que serve a hierarquia Justifico o risco e sigo, entre karmas e castigos Entre traumas e perigos eu sei bem quem ta comigo [Refrão] Pretos, quem são os inimigos Preto contra preto não representa razão Pretos, quem são os inimigos Homens que matam pretos não me representarão [Verso 2] Mais uma estrela que deixou de brilhar Não sei se era mais um Silva, mas vivia aqui nesse mesmo lugar Onde sobrenomes registram o histórico da desgraça Que de geração em geração, de família em família pa**a Meu nome é Elniño, Thiago Henrique Miranda É a**im que me apresento Em lugares onde a burocracia comanda Ativo na demanda de Fazer meu povo entender Que a paz só reina onde o amor quem manda Mas aqui oi molho desanda quando preto mata preto O estado a**iste de longe a execução do seu plano perfeito Abandona eles lá para se mata Nos não gostamos deles mesmo, nem vamos precisa encosta Eu vim de lá, Ibirité, Minas Gerais, Brasil Aposto que a tv falando bem daqui cê nunca ouviu Mas pra puta que o pariu, quem tenta desqualifica Eu falo porque eu sou daqui, mais ai de tu se tu fala [Refrão] Pretos, quem são os inimigos Pretos, quem são os inimigos [Verso 3] As historias da maloca tão virando filme Cada um com seu revolver tiro a gente troca E quem lucra com essa guerra segue sempre firme Assistindo tudo isso comendo pipoca Todos pretos mas nem todos do mesmo time Droga, arma, grana por eles a gente choca Carnaval anestesia vida que reprime E o terror na casa do inimigo nos não toca Danilo, sp, itaquera, ll Tom de pele, igual dos corpo do iml Na minha mente, confio que o amor é quente Mas o ódio engatilhado faz que a perna gele Faço versos pretos, tamo escurecendo Preto versos preto, desfavorecendo Diplomas pra preto, numero crescendo Progresso para nos, por que merecemos [Refrão] Pretos, quem são os inimigos Preto contra preto não representa razão Pretos, quem são os inimigos Homens que matam pretos não me representarão