[Intro: Helião] Assim que é Sem proceder, não para em pé... [Verso 1: Sandrão] Realidade é muito triste Mas é no subúrbio sujismundo O submundo que persiste o crime Pegar o trem é arriscado Trabalhador não tem escolha Então, enfrenta aquele trem lotado É, não se sabe quem é quem, é a**im Pode ser ladrão ou não Tudo bem se for, pra mim Se for polícia, fique esperto, Zé Pois a lei da cobertura pra ele te socar, se quiser O cheiro é mal de ponta a ponta Mas a**im, mesmo, normalmente O que predomina é a maconha E aos milhares, de todos os tipos De manhã, na neurose Como que pode ter um dia lindo? Portas abertas, mesmo correndo Lotado até o teto sempre está Meu irmão vai vendo Não dá pra aguentar, sim É o trem que é a**im Já estive, eu sei, já estive Muita atenção, essa é a verdade Subúrbio pra morrer, vou dizer, é mole [Ponte: barulhos de trilho] [Verso 2: Sandrão] Todos os dias, mesma gente É sempre andando, viajando Surfando, mais a mais não teme Vários malucos, movimento quente Vários moleques pra vender Vem comprar, é aqui que vende Quem diz que é surfista, é Então, fica de pé, boto mó fé, a**im que é Se cair, vai pro saco Me lembro de um irmão, troço chato Subia, descia, por sobre o trem, sorria Vinha da Barra Funda, há dois anos, todo dia Em cima do trem com os manos Surfistas, a**im chamados são, popularmente Se levantou e encostou naquele fio Tomou um choque, mas tão forte, que nem sentiu, foi às nuvens Tá com Deus, mano Biro, sabe Subúrbio pra morrer, vou dizer, é mole [Refrão: Helião, (Sandrão)] Subúrbio pra morrer, vou dizer (é mole) E agora se liga, você pode crer (é pra gravar, tá ?) Todo cuidado não basta, porque (um toque) O trem é a**im, é a**im que é [Verso 3: Helião, (Sandrão)] E eu peço a Oxalá E então, sempre vai nos guardar Dai-nos forças pra lutar, sei que vai precisar No trem, meu bom, é a**im, é o que é Então, centenas vão sentados e milhares vão em pé E em todas as estações, ali, preste atenção aos PFs O trem, para o povo, entra e sai E depois disso, o trem já se vai Mas o que é isto? Esquisito E, várias vezes, a**isti Trabalhador na porta tomando borrachadas Marmitas ama**adas, fardas, isso é lei? Vejam vocês, são cães, só querem humilhar toda vez Aconteceu o ano pa**ado, em Perus Um maluco estava na paz, sem dever Caminhava na linha, a**im, a uns 100 metros Dessa estação, preste atenção, repressão Segundo testemunhas dali, ouvi Foi na cara dura a**a**inado, mas não foi divulgado E ninguém está, não está, ninguém viu As mortes na estrada de ferro Santos-Jundiaí E ninguém tá nem aí, Osasco-Itapevi Do Brás a Mogi ou Tamanduateí É o trem que é a**im (já estive, eu sei, já estive) Muita atenção, essa é a verdade (Subúrbio pra morrer, vou dizer, é mole) [Refrão]