[Verso 1] Sempre que eu pego a caneta, eu penso: "o que quê eu vou dizer?" O que vai sair daqui não sei, mais eu vou dizer Se o dom me fez poeta e a condição me fez soldado Fiz do rap minha ponte pra ligar os dois lado Coragem, eu tenho uma mensagem Vi todos os sinais de que a vida é uma pa**agem Bem curta como a margem, entre a espiral do meu caderno E a poesia que é minha trilha de fuga do inferno De onde eu observo o extermínio entre rivais O silencio entre iguais, então essa letra é sobre paz E se você não acha um tema bom Aproveita esse momento e vai... Pa**a esse som! Porque eu já perdi amigos, eu já perdi parentes Já que o ódio quis que alguém esvazia**e os pentes Por menos que um toca CD da Aiwa Se as balas tão perdidas preciso é de um colete a prova de raiva [Refrão] Eu quero gás! Pra que meus ideais possam me levar ao céu tipo um balão Abaixe suas armas, levante sua mão Abaixe suas armas, levante sua mão Minha luta é pela paz, mesmo que essa paz, só dure enquanto durar essa canção Abaixe suas armas, levante sua mão Abaixe suas armas, levante sua mão Você sabe o que faz... Quando as chances são pequenas ou se sente de algemas, boto fé que Você sabe o que faz... Quando os dias são problemas, rodeado por hienas, boto fé... [Verso 2] Olha agora pela janela e me diz o que você vê O homem retroceder E vossa excelência sabe, lá no fundo Que no banco dos réus tem espaço pra todo mundo Ligue sua TV, pra ver o que é fato nos jornais Choro e vela, pode olhar todos canais Mesma balela, seu sofá é como uma cela Mas que se dane porque vai começar a novela (então shiu!) A indiferença é o inimigo Precisa de uma antena pra captar o que eu digo? Cada qual olha seu umbigo, com seus fones de ouvido E o som de tiro encobre o choro dos recém nascido Mais uma viatura vem, uma viatura vai Não importa quem, tá imerso Nesse mar de discórdia eu desejo o inverso Pra que a paz mundial não seja só discurso de miss universo [Refrão]