Já são 5 da manhã Ainda há tempo esta noite Para quem começa a viver, A rádio sussurra "Manhatã" Em acordes distorcidos Que nos enchem de prazer Voam pássaros morcegos Assustando o pára-brisas E a paisagem que amanhece. Queres parar, mas não aqui Que essa luz parte de ti E o desejo que acontece. Da chuva faço mil estradas de vidro E o meu carro a rolar. No ar o cheiro do destino, No chão a pele quente Do Algarve a acordar Uuu! Uuu! Já pa**amos Castro Verde, E escreveste na planície Como se esta fosse um papel, Dizes: "o mundo não compreende + do que está à superfície" "Ne me quitte pas", pede Brell Entre néons e Nirvana Vais mudando de estação Como se a próxima Fosse a melhor. E os sons que a serra esconde Entre o asfalto e o monte, São + que a pressa do motor. Da chuva faço mil estradas de vidro E o meu carro a rolar. No ar o cheiro do destino, No chão a pele quente Do Algarve a acordar Refrão Um dia de silêncio É um dia de amargura Igual a outro dia qualquer Trazes nos olhos o desejo Onde vejo a aventura Que ainda vamos viver. Da chuva faço mil estradas de vidro E o meu carro a rolar. No ar o cheiro do destino, No chão a pele quente Do Algarve a acordar Refrão