Mais um prato, mais um lugar na mesa Atento as boas novas, atento as incertezas Mais um vício, mais um dia perdido Ninguém pa**a na rua aos olhos do bandido Mais um pouco, eu entro em decadência Transformo ferro em vida, no auge da demência Mais um louco dizendo à parede “me dê mais um abraço, ainda sinto sede” Não tenho tempo pra loucura Não tenho tempo pra fingir que não me importo em existir Que não me importo em existir... Toda cor é linda quando ela é colorida Mesmo apagada, eu te apago sem temer O preço mais alto, mas tu sabes, vale a pena É que sinto pena acordar sem perceber Verso que me guia: acefalia ou atrofia Acordo no relento percebendo que ao dormir Já desperdicei algumas horas até aqui Já desperdicei tudo que eu consegui Vou andando cego; cego ando a caminhar Caio, me levanto, mas não paro de pensar Que esse belo dia vai fazendo me esquecer Que amanhã é outro e outro tenho que viver Não tenho tempo pra loucura Não tenho tempo pra fingir que não me importo em existir Que não me importo em existir