[Verso 1] [RAPadura] Sou carne de jegue, cep nordeste, na peste, o rec, aperte Me teste, rap do agreste, mete canivete Oxente, sempre presente, Oriente, sente o repente Não enfrente "a rente" e se ausente da frente Que os cabra é quente [Nissin] RJ nordestino, Nissin, RAPadura, Chino Se Oriente menino que os cabra vão rimar Orgulho dos Severino, misturado com albino Brasileiro clandestino rimo em qualquer lugar [Chino] Oxente, se oriente rapaz! Se aconchegue o som é esse, se achegue um pouco mais Vem que vem! Poesia lapidada em rima Swing carioca, juntou com a ginga nordestina [RAPadura] A nado, rasgo o riacho, me encaixo, em fecho, de macho Virado, diacho de baixo, faço quetar o facho, do frouxo Abestado, bucho enxado, sente o xiado Achado em xaxado, avexado, amuado, roxo no arroxo [Nissin] Disposição cabra macho Cascorado de esculacho, no Brasil De cima a baixo com saudade vou voltar Com orgulho em cada pa**o Levo amor no meu compa**o na praia e no cangaço Do Rio pro Ceará [Chino] De Noel a Lampião, de Gonzaga a Jamelão Do partido alto ao proibidão do baião ao repente Mistura de cultura RAPadura e Oriente A chapa é quente sente conecta a mente [Refrão] Mar com o remo a remar com a rima a rimar Jangada do amar oxente Mar com o remo a remar com a rima a rimar Jangada do amar se oriente [Verso 2] [Chino] Minha rima a deriva ecoa nas esquinas da Babylon Do litoral ao sertão, do Oiapoque ao Chuí Pras mina se divertir, Nissin RAPadura Nochi Tamo ai em todas as partes pra nossa arte evoluir [RAPadura] Os gringo só diz oh sh**, o cabra só diz oxente Os gringo poe no repeat, eu digo repete o repente Como meu vozim, mucuim, que é sozim, no comfim Diz pra mim, bem a**im, oh meu fih Tu é mais doce que alfenim [Nissin] Brilho nos olhos poeta, música expressão sincera Agradeço ao RAPadura aqui por nos iluminar Vejo a luz da lamparina, que ilumina, disciplina Oferenda a deusa rima por ela eu vou orar [Chino] Pa-papo de futuro, se liga malandro visão de gavião Disposição cem porcento, talento pesadão Sou Chino de niteróI, bota a conta no meu nome Sujeito homi honro minha bronca no microfone [RAPadura] Quebrando um mói de coento, no contratempo de dentro Engolindo vento, adentro, enfrento, lombo jumento Rapido raio, caio no ensaio, não saio, ataio Trago ao mangaio, aplauso atraio, remexo balaio [Nissin] Cada amigo em cada esquina em cada esquina É o que me determina, flutuo diante A sina de ir e não querer voltar O mar vai virar sertão e o sertão virar mar Essa é a minha certeza de que o jogo vai virar! [Refrão] [Ponte] "Quando o Oriente rima avexado, os cabra fica tudo abestado" [Verso 3] [Nissin] Cê para e separa, equivale O que é que vale, contra-verso controverso Vice e versa, versa vice Unir verso no universo, to imerso e não disperso O tempo aqui é precioso, por favor não disperdiçe [Chino] Sabe, se não sabe sobre Soube aonde o rap, no seu espírito bate Então abre a percepção e ouve Esse som original, produto nacional de qualidade [RAPadura] Não gaguejo, eu pelejo e protejo, o som sertanejo Dom que derrama, aclama, o desejo, lama caranguejo Da mão sai a escrita viva, sanfona sentida, Gonzaga minha vida Cantada e contida, viva patativa [Nissin] Com "X" no meu sotaque, de Gonzaga a 2Pac O nordeste é que é mestre, berço do nosso país Agua no meio da seca, lampião na escuridão O sistema faz a gente esquecer nossa raiz [Chino] Na atividade, eu sou tipo agente Bourne Que fica com o olho aberto, enquanto o outro dorme Que joga no chão pro santo, e bebe um outro gole Palavras são o que me resta o que presta da mente storm [RAPadura] Da xilogravura, ao papel, literatura, cordel Minha escritura, apura, altura, do céu Pra quintura, um chapéu Mais doce que mel, menestrel, amor fiel, que se apegue Por inteiro entregue, mais duro que espinhaço de jegue [Refrão]