No paraíso das bundas, almas imundas, minhas letras te inunda, enquanto seu barco afunda Corram pra ver oque o negro vai fazer, minha carne é a mais barata se é que você pode ver Na obsolescência natural, pretos morrem todo dia sem condolências no jornal Vidas tem fim como todo carnaval Só falam de zumbi e esquecem de Dandara, só falam de bucetas e maconha esqueceram os conceitos de bambaata As balas fazem furo mas o racismo é que mata, meu povo não tem sangue de barata e essa conta não vai ficar barata Finge que nada disso existe engole o ódio batido com cota, crianças mortas por c**a Isabel jamais nos aboliu, tem outro lado essa história, racismo não existe, nessa vida Só sobrevive quem resiste Então pense nas mãos brancas a colher o algodão, pense na sua mãe limpando o meu chão Agora veja sua irmã balançando a bunda ouvindo o meu som Não te perguntei se posso, esquece esse reino jamais foi vosso, white friday Vendendo escravo mais barato, não me venha com seus capitães do mato eu sou seu pior carrasco Grave esse rosto negro, esse andar negro, esse rap negro, então volte para o gueto To construindo meu império em forma de soneto, chegou a hora do preto!