O inferno é quente Eu sou quem te leva ao óbito Entre no sarcóf*go, mórbido Posse dos narcóticos, o propósito obscuro Sigo oculto e sem futuro, só procuro isolamento Estofamento de veludo Quero ser esse defunto dentro dessa sepultura Névoa escura, nem te vejo nessa altura Negativo na leitura da minha temperatura corporal Com fratura, criatura morta desde o pré-natal Sob um céu enegrecido, corpo segue amortecido Nesse limbo entorpecido, não me segue eu tô perdido Incrível como nada importa agora que eu tô nesse nível Invisível, alma morta, a corda para um ato horrível Desprezível como todos agem, viro outra dosagem Paisagem quero ver queimando Girando engrenagens do caos total, abissal Começando o ritual, eu só vou sorrir a**im que ver destruição geral E é isso que eu tô planejando Vim pra causar dano permaneço antihumano Seu amor mundano não me afeta nesse plano Eu to viajando a noite eterna me chamando Degustando esse composto que eu dissolvo na mucosa Já tá pálido meu rosto, envolto em pétalas de rosa Vocês todos me dão nojo, não sei como não tô morto Com meu olho preto fosco e pronto pra deitar na cova Forma-se uma aurora da fumaça do tabaco Faço um beck só de ponta, nunca fumo fumo fraco Faço a pele de cinzeiro apago a brasa no meu braço Masco um ácido inteiro, o nevoeiro eu que faço Quero só andar descalço no veludo da geada Sou miasma, sou o vulto, sempre oculto a minha cara Congelada a madrugada numa casa abandonada Uma camada de resina e uma bebida destilada