Obrigado meu mano, tu vais a todos os concertos As vezes a pé para casa em alturas de grandes apertos Sozinho ou acompanhado eu vejo sempre a tua cara Ouvintes como tu, hoje em dia é coisa rara Conheces as letras todas do principio até ao fim Vi a quantidade de vezes que as cantas-te por mim Pedes me uma a**inatura e a respectiva fotografia Mas eu prefiro dar-te um abraço e acho que já ganhei o dia Nunca foste DJ, B-Boy, writter ou MC Mas percebes mais da arte que muitos que a fazem por ai Apaixonado e exigente, tento dar o litro sempre Fizeste 200Km só para estar na linha da frente É de louvar o esforço, juntos balança-mos o pescoço E agora só saímos daqui a hora do pequeno almoço Manda vir mais umas Julias para animar-mos a tertúlia Hoje entramos tesos e saímos todos na penúria Conto contigo na linha da frente E sei que nem sempre podes estar presente Mas agradecido pelas vezes que vieste E pelo incentivo que sempre me deste Meu mano Mundo, quando é que sai o próximo? Nessa plantação de faixas que parecem Opio É Dealema, a solo, Terrorismo Sónico Real Companhia ou Sindicato Sonoro Tenho estado sozinho em casa a cozinhar umas coisas novas Tive 2 meses de ressaca, o MPC andou em obras Já recolhi bons vinis, com samples d'outro mundo Não há nada como a estática no ruído do fundo Anos 90, primeiro prato da minha ementa Primeira pagina da minha sebenta sedenta A fome continua a mesma e a**im será a música Emocional ou violenta mas sempre real e lúcida Lúdica, é isso que podem esperar de mim Honesto de inicio, colega no meio, amigo no fim Obrigado minha gente, pelo tempo despendido Esta vida sem vocês não fazia tanto sentido Conto contigo na linha da frente E sei que nem sempre podes estar presente Mas agradecido pelas vezes que vieste E pelo incentivo que sempre me deste