[Verse] Ao agrado do pecado, aliviado Ao ver o fado mesmo ao lado da ideia do meu mito Num espaço tão fechado, num caderno pautado Guardado, deixado na estante sozinho Eu esquivo os problemas sem ter temas para conversa Sem ter pressa, tão depressa vi poemas serem peças Para o puzzle do meu quiz, no primeiro piso Do prédio do narciso indeciso mas desde já aviso Que eu sou god, tanta gente quer e tão pouca pode Ninguém venceu a morte só por sorte Fortuna na calúnia, perder-me na penúria Tentar ver a doença como cura para a loucura A fonte do meu sorriso noutra pessoa Talvez doa mas dói mais ser a voz que não ecoa No encéfalo cansado de quem já só pensa à toa De quem voa sem noção que talvez a queda doa Dádiva divaga na vaga da vadiagem Vagueia na minha veia o veículo de uma viagem Que vejo numa cor vívida, vinda de alta voltagem Que vendo bem nem na vida voltá-la vira vantagem Lavagem cerebral na pureza no meu ócio Cuspo uma verdade só para me cobrir de vómito Dou por mim a olhar para a lima do gin tónico Fico a flutuar nos problemas do meu lógico É lógico, o mano chico aprova a letra Ejaculei a minha alma a bater à punheta Eu estou feliz por ter o que sempre quis para mim Entrar no paraíso, partir a maçaneta E a porta partida, e importa a partida De mais uma vida rumo ao caralho Para quem duvida eu faço a corrida Rumo à subida, eu vi a luz no trabalho Isto é um atalho para o sonho de menino Ter uma carreira naquilo que eu ensino Espalhar a mensagem de paz e ver na viagem que traz Mais que bagagem capaz de ser a capa do meu livro Toca o sino da igreja, eu bebo uma cerveja Brindo para o céu, esteja lá quem esteja Foste tu quem me fez levantar a fasquia Mas é por mim que eu desabafo na poesia [Chorus] Come, bebe, trinca, arde O fruto proibido de uma árvore (x2) A que é que sabe? (x2) O fruto proibido de uma árvore Sabe ao medo do segredo desta arte