[Verso 1] Campo minado de maldade e tudo o que inspira cair E se não fosse a**im, ou se luta**em aqui, não entre si O braço armado do estado que invade barraco buscando culpado Voltando avuado, acuado, em bando, quando o bando de cá carrega as "ak" e "kkkk".“aqui tem comando!” “ninguém tá moscando!” Ando entre trancos e barrancos Às vezes manco, mas, caminhando... (Vamo... Vamo... Vamo... Vamo!) Sei da má vontade que há Quando a pauta envolve o que move e comove O povo para a luta popular Lá na cúpula, vi que tá os gravata Que fodem o país de um pobre infeliz que disse Que quiz o que seria de grande valia E iria em prol da maioria Quem diria?! Antes fosse doce, só que hoje é como ontem Mudaram-se nomes, veio codinome Cadê o que escondem? Me contem Estou no ateliê entendendo o porquê Obras se rendem a manobras E a cifra decifra o olho que vibra no covil de cobras [Verso 2: Cintia Savoli] Estão fabricando ódio a todo vapor no gueto Guerra travada, e a arma mais poderosa da escolta: O medo Plantou discórdia? Se prepara pra colher revolta Tudo que vem, volta. A pergunta tem resposta Dois, zero, um, cinco. Tá preparado? Geral tomando de a**alto Salvador tá escaldado Num país onde só o crime é organizado Ou se conspira a favor, ou vai ser alvejado (Rá-tá-tá!) Está tudo cinza, e quem vai maquiar? Não deram educação, mas, o povo cansou de apanhar Conspiração disfarçada de democracia Está chegando o fim dos tempos da sua supremacia A verdade tem que de ser dita: Tá tudo errado Enquanto uns tem pra esbanjar, outros sem nada no prato É a ignorância que alimenta um povo esquecido Aqui, ninguém mais tolera seu pão e circo [Verso 3:] Devorando o tempo, mutilando membros, deslocando o fêmur Na luta diária, somos todos champions Eu sou o complemento no clima tenso, fica pequeno Eu sinto ódio e ostento o meu veneno Sou mais um gênio vindo do engenho, e isso te irrita Formata guerra entre drogas e orgias Porcos que arregam na esquina Chamas pelas palafitas Pobre que sonha em ser rico Ganham escravizando vidas Puxa o gatilho e atira Furta o amor que não finda Tetos de vidro que quebram O alvo se perde na mira Tudo na vida tem um preço Você não pensou. Quem diria? O filho internado na clínica Culpando a periferia Tudo o que sobe desce, jack Esqueceu do stress, lek? Negou o dinheiro que tinha para quem precisava... Mó perrengue, verme A vida que imita a arte No quadro obscuro abstrato O sangue que é feito de tinta No ateliê da maldade