Cheiro bom de mato Corpo dourado de verão Sol, descampado, fruta-pão Espuma doce de cascata Noite cor de prata Leite sem nata sobre o chão Lua brejeira e o coração Batendo mais na hora exata Em que os ponteiros Marcam momentos incendiários E o mostruário do nosso sonho É de um brilho aceso De vagalumes nos olhos negros Luzes, estrelas na imensidão Vem, meu bem, bem deitar na rede Me ama, mata minha sede De ter, de ser o que você pede Vem bem, diz que me deseja Chega juntinho e me beija Com fogo e um gosto de cereja De ter, de ser o que você me pede Com fogo e um gosto de cereja