(Nem rei nem lei, nem paz nem guerra Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristece) [Verso 1] Está na hora da revelação, na ilha dos afortunados A voz que vem do som das ondas que vão O último veleiro em chamas do país iluminado É o salvamento ao adormecimento Da pedra do silêncio espreita o novo império Excalibur no papel do mensageiro épico Portugal na cruz morta e fatal, a cultura é o trunfo contra os génios do mal Revela o santo graal, será ungido o desejado Ergue o gládio para o mundo dividido Brasão lusitano o símbolo final, o sol já desperta na chacina mental Armado o quinto império, armamento mais pesado Mental brutal provocará rasgões no espaço Espreita o outro lado, é sagrado A última nau derrubará o mostrengo mais irado [Refrão] Mensagem traz revelação Libertação de uma nação Criação ou destruição Está no poder da reflexão Mensagem traz premonição Revolução é salvação Levitação em união Está no poder da reflexão (x2) [Verso 2] O meu intenso desejo é filosófico O meu intenso sofrimento é patriótico Mensagem de um poeta num mundo descolorido Dava a minha vida para salvar o último livro Escrita e poesia pintada de profecia Sonhar é ver as formas invisíveis da vida Esta febre de Além que me consome Profundo o orgulho é gravado a fundo no metal do escudo Tudo é incerto e derradeiro, tudo é disperso nada é inteiro Portugal é nevoeiro Nós somos mais que isto, mais longe que o longínquo A velejar ao sopro do sonho do infinito O nosso espólio linguístico é magnífico Tão nobre como o cálice com o sangue de Cristo Este é o aviso, tu és o desígnio A obra está na tua mão, decifra os símbolos (Quinto Império Triste de quem vive em casa Contente com o seu lar Sem que um sonho, no erguer de asa Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar! Triste de quem é feliz!) [Refrão] Mensagem traz revelação Libertação de uma nação Criação ou destruição Está no poder da reflexão Mensagem traz premonição Revolução é salvação Levitação em união Está no poder da reflexão (x2) (Triste de quem é feliz! Vive porque a vida dura Nada na alma lhe diz Mais que a lição da raíz Ter por vida sepultura Eras sobre eras se somem No tempo que em eras vem Ser descontente é ser homem Que as forças cegas se domem Pela visão que a alma tem! E a**im, pa**ados os quatro Tempos do ser que sonhou A terra será teatro Do dia claro, que no atro Da erma noite começou.)