[Refrão: Evandro Fióti] Quer saber? hoje é fácil gostar de mim Fácil a**im Afinal, olha onde tô, onde vou Moça, ouça, aí [Verso 1: Emicida] Se eu frita**e burger no Bob's no corre, igual todo pobre na briga Cê ia se orgulhar, ia contar pras amiga? Se eu fosse pedreiro, amor Cê ia apontar, sorrir, falar "essa, meu bem que rebocou"? Se invés de ter o nome no cartaz da parada Eu limpa**e o banheiro depois da balada Ia ter tanto orgulho no olho que brilha? Segurar na minha mão, apresentar pa tua família Sem revistas comentando meu talento E se eu tivesse lá, esquecido, trampando na atento Sejamos francos, linda, sejamos francos Esse amor seria tão grande se eu fosse faxineiro do banco? Se não tivessem hotéis, só pilhas de papéis Contas a pagar invés de grana e decibéis Nota zero, não dez, a sós Se hoje à noite eu perder a voz, amanhã cedo ainda vai ser nóiz? [Refrão] [Verso 2: Emicida] Sem motel top, sem hip-hop, sem hit Imagina nóiz desviando das goteira entre os madeirite Seis da tarde, cansado Com trinta sacola de mercado, cê quer tá pra sempre ao meu lado? Incerta de ver vantage E se o melhor que eu puder te mostrar for o pôr-do-sol de cima da laje? Vale a pena? não? que pena, pequena Meu coração mora nessa cena Sem cinema, só tv com bombril na antena Vila Zilda, não Madalena, vive a vida sem ser Helena Samba da vela, sem maresias, nem sirena é, talvez haja algum problema Sem Rolling Stones, Folha e Bravo! Só a volta de buso do rolê contando os centavo Porque é fácil querer ir no VMB, gata Eu quero ver fazer na mão dez mil capinha de CD [Refrão]