Atiro os olhos no céu Por cima dos aviões E vejo que é tempo bom Pra manhã Abelhas traçando o mel O choro dos ribeirões É terra cheirando a bala De hortelã Perdi o medo do escuro Não faço planos futuros No apito do trem me arrumo E rumo só Nas paralelas dos trilhos No sol que amarela o milho Vou riscando o meu nome Nesse chão Eh! Você que me vê Esse tempo, sabe lá Se agora vem de vez Seja lá o que Deus quiser Já que o resto só depende de você