Emicida - Soldado Sem Bandeira lyrics

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Emicida - Soldado Sem Bandeira lyrics

[Verso 1] Minha tropa vem do esgoto igual Morlock Os roto esfarrapado, os lóqui Escroto em choque, eu percebo os outros indo pro lado Se nóis chega, sem Glock 9, nem precisa, é só no psico A frieza do nosso olhar já planta medo nos bico Os vidro sobe, quem deve se apavora Pensando "E se eles quisessem se vingar da escravidão agora?" Tô pra morrer igual os 300 de Esparta Cês duvidaram até chegar os teco de orelha nas cartas E agora é sério, nóiz não tá de brincadeira não Cê ainda acha que a guerra memo é no Afeganistão? Seus rato se camufla com a roupa da cor da Babilônia E as quadrada cromada brilhando mais do que Antônia Nego fujão de alma vazia com banzo, tudo confuso De capuz cabisbaixo no ultimo banco do buso Reprimindo ódio, procurando razão pra viver Problema pra nóiz não é morrer, foda é não ter um porque Distância faz desconhecer, desconhecer traz o medo Medo faz agir, cê sabe como termina o enredo Quantos se foram? Quantos ainda vão? Será que esses que se foram mais cedo, foram em vão ? Isso é nação e cê na ação é encenação Hienas são alienação me vê em ação Sobrevivendo como estrategista Vendo o caixão de vários jão Descendo vão e a**im se vão, descanse então Se esse é o prêmio da guerra racista Cla**ista, que fragmenta, divide e enfraquece Dinheiro pros sem caráter, dor pra quem não merece Resta aparando as aresta, contar com a sorte Sabendo que uma bala, sempre gera bem mais que uma morte E cada bala que alcança as mansão e os Honda Fit Na onde eu moro já varou mais de vinte madeirite Nóiz tá no front e eu tô na linha de fogo Fazer o quê? Não fiz as regra não, tio, eu só jogo o jogo [Refrão] Ser favelado é ser soldado de bandeira nenhuma Desconfiar dos dois lados sem temer coisa alguma Nasceu no meio da guerra então se acostuma Vou até o fim, tio, eu sou a**im, tio [Verso 2] Entre as pressão e as repressão Alguns acatam outros atacam, mas todos tão aí sem direção Ninguém mais é semelhante, todo mundo é concorrente Pra tá no topo pisa no crânio do próprio irmão Uma legião bebe da depressão que eu carrego Eu vejo vários Sun Tzu de chinelo com prego Marcha pro precipício filho da cultura Frankenstein E marcha, igual os herói dos filmes do Eisenstein Quantos Einstein vão pra vala por causa de um par de Nike? Por causa de vadia, e aqui os Kamikaze busca de bike Junta cinco, dez, quinze, vinte, vai E é pouca idéia, "que-que-que-que-que-que" o carai Se calar concentiu, se gaguejar se entregou Se cê falar cê mentiu, e se não mentiu tentou A certeza de quem não viu foi o que te delatou Culpado ou inocente, tio, vai reclamar com o Senhor Pouco importa agora o que cê sinta Nóiz até faz bastante plano pra quem raramente chega aos trinta Os pretos é os único que morre sem causa, irmão Raramente é por etnia ou por religião As treta territorial se restringe às biqueira Mas eu te pergunto: Quem que tornou as ruas trincheira? Nem pisa nela, te alistou e pôs na guerra dos outros Te fez jurar sem crer, acreditar sem ver A TV deixou os moleque burro igual a Magda Rebelde mesmo mata americano em Bagdá Ta aí na rua sem enxergar a saída Leva as paradas que é sua, se cê parar nos farol da avenida Fazendo de tanque os Pa**at filmado Que implanta o medo quando pa**a com 3 dedos de vidro abaixado Organização faz os tubarão temer as tilápia E foda-se o que o mapa diz, meu bairro é minha pátria!

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