[Verso 1] Os moleque frio no asfalto quente, igual eu Tossindo e comentando sobre os amigos da gente que morreu Foi, virou pa**ado, por não tá mais presente Igual os valor esquecido por não ter cifrão na frente Mó friaca, tio, deixa eu botar meu moletom Vendo os gambé zoando os que é menino bom Ponho o boné e sigo na fé, nego nem óia (nem) Atravesso a rua pois se pa**a perto móia (vish) Trago no olhar a luz do poste fria, sem esperança Me guia, e teus holofote é que cria minha temperança Minhas lembrança é trote, eu via que a nossa herança É um cobertor na calçada que ia envolvendo as criança É embaçado, eu vou levar como carma Meus vizinhos saber menos nome de livro que de arma E a máquina que faz Bin Laden trabalha a todo vapor Solta na Babilônia, ensina a chamar rato de senhor Nós tá na fila do emprego, mantimento, visita Vive pra ser feliz e morre triste, ó que fita As pessoas se esbarra, se olha e se cala Não pede ou cobra desculpa, porque ninguém mais se fala mesmo Joga lixo no chão como se fosse um lugar ermo Aí dá enchente, os mesmos reclamam do governo Que não governa nada, tá nem pro mal nem pro bem Ia governar como, se aqui ninguém ouve ninguém? Minha cidade trampa 24 horas por dia Os que não morrer de tédio, morre de asfixia A CIA monitora isso que cê faz agora Mas não interfere, só fere o pai da criança que chora Nosso sofrimento dá prêmio pra quem se esconde em bairro nobre Tô cheio disso, igual as cadeias é cheias de pobre (porra!) Cidadania onde? Nóiz cuspiu na lei de Gandhi É quente memo, cidadão é uma cidade grande