Viver no lixo ou na cama Casar na cama ou na capela Putas, vinho e cinderela Caça ao fim-de-semana Ganhar o pão de gravata A chafurdar-me na lama Ficar p'ra sempre com a Manela Ou não se ama como calha? Porque é que não é tudo como calha? Nem mesmo no acaso a culpa falha Bem que podia ser tudo como calha Matar a velha das finanças Ou ser verde e amoroso? No Andanças a encher as freaks todas de esperanças E lembranças, uma vida de caganças Juntar-me a um homem lindo Ou fingir que vou dormindo onde calha? Porque é que não é tudo como calha? Nem mesmo no acaso a culpa falha Bem que podia ser tudo como calha Fica sempre tanta gente para trás Ou é para a frente? Nem me lembro, agora tanto faz Os ofícios, as rotinas que escaparam ao rapaz As mentiras, as meninas que deixaste em paz As leituras, as viagens, as carreiras que deixaste em paz E já perdeste um companheiro e tás inteiro Sem os sonhos que deixaste em paz A velha ganância, a namorada de infância A casa no bairro, o carro e tudo o que não volta atrás Do karma que deixaste em paz Deixaste em paz Deixaste em paz Deixaste em paz Deixaste em paz Deixaste em paz Deixaste em paz Deixaste em paz