[Verso 1: Eduardo] Minha biopsia apontou um tumor de rancôr O efeito da exposição à pólvora é devastador Minhas células são mortas pelo germe globalizado Com Ruger da América, c**a colombiana em São Paulo Meus anticorpos não protegem da engenharia aeronáutica Que joga míssil de caça na escola de outra raça A ignorância ganhou software, processador HD pra armazenar o circo do horror O homem é a unica espécie do universo Que provoca dor no semelhante pra ma**agear o ego Luta de cla**e, dominante e dominado Cada multi do imperalismo ganham um país pra ser explorado Escravos de Hong Kong fabricam a TV japonesa Tênis americano, mão escrava chinesa Não levantamos mais no ônibus pro branco sentar Mas no seu elevador social não podemos entrar Atire a primeira pedra o rico culto Que não mereça videoconferência do Ministério Público Inversão de valores, 500 anos camuflados O brinquedo da mansão do meu filho foi roubado Te colocam entre os ratos e o esgoto Pra um barraco no morro ser seu único sonho Pra que se um dia o inimigo te der um apê na Cohab Você beijar seus pés, chamar de vossa santidade Infância morta resulta em PM morto E vamo descer do busão que eu vou meter fogo Vejo a mensagem subliminar no carro de luxo: Quebra o sétimo mandamento e fica 10 anos recluso Não espere a estrela que guiou os 3 reis magos A segunda vinda acontece todo dia em cada parto A Torre de Babel vai desabar se a humanidade acreditar Que só no berçário existe a chance pro mundo se salvar [Refrão: Sérgio Saas] Ainda há uma chance para o mundo se salvar Existe uma revanche, a nossa chance de ganhar [Verso 2: Eduardo] Duelo ideológico, guerra surda, guerra fria Terrorismo, racismo, nazismo, xenofobia Notícias são plantadas na Globo nórdica Debates, réplicas, tréplicas sem essência ideológica O telemarketing da ONG sem fim lucrativo Não destina pra crianças com câncer o donativo O preso que arranca coração tem mais coração Que o monstro que compra imóvel com a verba da doação Abraão pela fé mataria Isaque, seu filho Aqui o pai pela fome executa o sacrifício "Alô, vamo derrubar agente penitenciário" Mortos antes da ação, fone grampeado Pra qualquer formação a base é a família Qual emocional de quem só viu o pai em dia de visita Ou de quem reforma as sepulturas com a enxada Da sua família pelo esquadrão da morte chacinada Quem nasce o escolhido à quimioterapia Que em uma única sessão destrua as células cancerígenas Os que matam os imigrantes na fazenda de exaustão Trampando pra quitar dívida infinita com o patrão Os que falsificam xarope infantil com óleo motor Os que traficam orgãos pro alemão receptor O homem andou como quadrúpede, quando quis se levantou Criou o fogo, a linguagem, revolucionou Quem vende móveis na carroça pode ter cadeia de lojas De mentes simples nasceram marcas valiosas É um cofre com segredo, ache a combinação Quebre as regras, protocolo, crie sua revolução Pro condenado, viciado, mendigo, traficante Pro alcoólatra, prostituta, pra todos a revanche O azarão que acredita vence a corrida Quando o time rico viu a zebra pobre dar a volta olímpica [Refrão: Sérgio Saas] Ainda há uma chance para o mundo se salvar (Existe uma chance, há uma revance) Existe uma revanche, a nossa chance de ganhar Ainda há uma chance para o mundo se salvar (Só você acreditar) Existe uma revanche, a nossa chance de ganhar [Interlúdio] Aí Saas, o ditado é antigo mas é verdadeiro Enquanto há vida, há esperança, mano A chance, a revanche você cria Depende de você mudar ou não Acorda e pensa a**im: Hoje eu vou mudar Hoje eu vou ser alguém Hoje vai ser diferente [Refrão: Sérgio Saas] A nossa chance de ganhar Ainda há uma chance para o mundo se salvar Existe uma revanche, a nossa chance de ganhar