Pá o amor é urgente Não dêem cabo da gente Do que temos de melhor De que o Paredes dizia Que era a própria poesia Porém sem menção d'autor E para mais quanto ao resto Saia o gado sem cabresto Dispensando-se o preceito D'evitar o trinta e um "Ó meu tens aí algum E não digas bom proveito" A uma estória esquisita Na qual à Maria Rita Uns dentinhos de pescada Na boca do corpo dita Vieram à dita confita E a pobre amargurada Nas noites desta Lisboa As garinas numa boa Pela Travessa da Palha Olhos fechados a mundos Vindos do fundo dos fundos Daquela triste batalha D'Alcácer Quibir (dou fé Morremos todos de pé!) Não digas à minha mãe Varina na Madragoa Que julga estar em Lisboa Um Presidente em Belém E se o fim ela não vê Pede ajuda ao Carlos Tê Que não é parto sem dor O disparate da vida Um história mal par'cida Com desfecho hardcore