[Refrão: Cachola 2x] São os pais da maldade contra os filhos do bem São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém Donos da terra de ninguém Donos da terra de ninguém São os pais da maldade contra os filhos do bem São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém Donos da terra de ninguém [Verso 1: Cachola] Do meu quarto a música vaza Pela janela do terceiro mundo A mensagem em primeiro plano pra nóis não chegar em segundo Eu brisei, Brazza Brasil tá num sono profundo Tão fundo que é um buraco que sai do outro lado do mundo Nóis joga os cachorro Meu verso alerta mais que som de foguete que avisa os mano que chegou droga no morro Põe droga no forro do céu Muleque de Havainas não teme as abelha pra catar os torro de mel Eu corro, como um guri com os pé descalço Rumo ao gol, só que é rumo ao show Os mano vem a pé, vem de skate, de busão, não importa Se é uno ou gol, os mano chega, pica o fumo e plow, plow Verde e amarelo não é a cor É preto e branco tipo feijão e arroz E eu tô nos dois Bate panela, cuzão, mas não é por nada Essas panela são as que sabe que tem comida depois Pelo concreto no chão, por nossas linhas de trem Pelo barulho dos busão nos vai e vem Não cai quem tem sorte ou quem tem muita grana Se sai bem o porte em nome de quem nos trai sem dó Mas mesmo a**im me sinto bem, ó Tentando enxergar além Nos fone ouvindo Jorge Ben Jor Em meio ao caos da rotina Espiando atrás da cortina Arde o olho e só vem pó [Refrão: Cachola 2x] São os pais da maldade contra os filhos do bem São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém Donos da terra de ninguém Donos da terra de ninguém São os pais da maldade contra os filhos do bem São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém Donos da terra de ninguém [Verso 2: Fabio Brazza] Eu tiro a ideia da cachola O coelho da cartola Entro de sola contra a opressão que nos a**ola Esmola? Tem! Pistola? Tem! Escola? Não É tudo parte da alienação que nos controla A ganância é um pecado capital Mas hoje em dia O capital em demasia é um Deus venerado E quem critica essa forma de vida doentia Ainda é taxado, cuidado Não vivemos mais na guerra fria Minha luta é pelo pão na mesa do bóia-fria E contra os cuzão que apoia a CIA Que financia a desgraça do mundo E ainda tem quem o premia com joia e cia É a mesma destruição que Troia via Vemos como um presente Cavalo dado não se olha os dentes Pra maioria, o refugo Os miseráveis não são só personagens do romance do Victor Hugo Não é questão de ser socialista Mas de entender que não se pode viver em um mundo aonde a fome exista Desculpe-me mas não quer ser cúmplice Daquilo que se compra e não cumpre-se Que aja luz que nem em Gênesis Por isso combato enemies Em frenesis Os mesmo reacionários que mataram os Kennedys Herança maldita da segregação brutal em estados que nem o Tennesse E pra quem viu o negro sofrer ma**acre no Alabama Quem podia imaginar um dia ver Barack Obama Eu vi o ataque do Osama Mas o homem bom vence o homem bomba Porque ainda a**im os ama [Refrão: Cachola 2x] São os pais da maldade contra os filhos do bem São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém Donos da terra de ninguém Donos da terra de ninguém São os pais da maldade contra os filhos do bem São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém Donos da terra de ninguém