[REFRÃO]
Rio, de Janeiro a Janeiro
Rio, sentimento verdadeiro
Cidade saudade, cidade alegria
Por ti, Rio, choro toda a noite e dia
[VERSO 1]
Desde moleque aproveitando livremente
Eu nunca fui de escola, para mim o livro mente
Sinceramente eu falo com a mente sincera
A nova era para mim já era
Um mundo escroto onde qualquer um se ferra
Que para ter paz, primeiro tem que ter guerra
Mas nós espera um futuro melhor
Quer dizer, um futuro que seja menos pior
Antigamente tudo era brincadeira
Andava sem camisa e descalço a semana inteira
Carioca de raíz, soltei pipo e joguei bolea
Bebi água de côco e comi muita mariola
Era sinistro, era a maior correria
De rolé com a rapeizy, dia e noite e noite e dia
Mas hoje o que eu vejo é só agonia
Miúdos se drogando e cachopas cheias de cria
[REFRÃO]
[VERSO 2]
Em cada esquina de uma noite solitária
Putos de 13 anos à procura de mortalha
Pitas de 15 anos à procura de um can*lha
E uma mãe desesperada com os filhos que só falha
É a tristeza do nosso dia-a-dia
E pensar que antigamente nada disso existia
Infelizmente hoje afecta a maioria
Mas felizmente pertenço à maioria
Na periferia a vida é diferente
Mas somos a mesma coisa, ninguém é indigente
O mesmo que a gente, o sangue é da mesma cor
O mesmo que nós, somos trabalhador
Todos têm amor, sonham e ser actor
Mas pela dificuldade acabam só tendo a dor
Eu peço, por favor, nunca desista de você
Sem dor sem sacrifício o homem não sabe vencer
[REFRÃO]