Montava a meta
E descia pra pista
Com sede de grana e malicia
Achava que aquilo era vida
Solução pra falta
Que a grana fazia
Abastecia com ego
Uma fase da vida vazia
Que no momento
Infelizmente à mim pertencia
Muita merda e muito tempo
Cabeça cheia de tormento
Dores, maldade, Saudades
Perguntas onde as resposta
Se foram com o vento
E eu só lamento
Nosso veneno
E nossos pecados
Sei qual é a da fita
E qual é dos meus fardos
Ta pesado porra
Olha a quantidade
De puta, porco e amigo disfarçado
Tudo viciado...
Doido pra desandar o papo
To doido pra quebrar um safado
Até quando posso
Sou sereno e calmo
Mas não pisa no meu calo
Oque eu tenho de sagacidade
Eu não tenho de idade...
Te garanto cumpadi
Buraco é mais em baixo...
E o jogo é mais hard
Tomei de a**alto
Sem fazer alarde!
Enquanto eu to
Do alto do mirante
Você me procura da laje
Ta palmeado, já tá marcado
E dentro de cinco segundos
Tu ta conversando
Com o diabo, deitado
No chão gelado...
O jogo é sujo
E nós não vale um centavo
Mata mata desenfreado
Atrás dos paco bolado
Guerrilha urbana, selva de grana
Iludindo com poder e fama
Joga na balança e pega a visão
Ampla de toda a situação
Será que vale mesmo a pena
Ou será que é só ilusão
Pense bem na sua decisão
A vida cobra e é com precisão
Pode ser hoje, pode ser amanhã
Ela não tem pena e nem previsão
Mil ao teu lado cairão
Dez mil judas aparecerão
E faltará um amigo
Pra te estender a mão
Vários vão querer tu no chão
Fudido, falido, sem grana
Na merda!
Saindo de rabecão...
(Isso não é vida, isso não é vida
Isso não é vida não...)
Percebi logo que me envolvi
Que peixe pequeno não pa**a de isca
E que peixe grande...
Morre pela fome e pela barriga
E peixe malandro nunca morde
Nunca morde a isca...
BELISCA !
É o jeito de sobreviver
Vai morder, a isca pra ver...
Oque que acontece com você
Não queira pagar pra ver
Esse filme não é engraçado
Não vale nem a pena ver
É um drama sem final feliz
Com no final
Um corpo coberto com lençol
Na tela da tv
O mano não tinha mais nada
Se agarrou aquilo que tinha...
COCAINA E DISPOSICAO
Cheira, vende, mirra o bagulho
Cresce a pupila e tu fica doidão
Derrama toda a carga
E o que sobra são apenas resquícios
De pó na mesa de sinuca
Um mano agarrado no cano
Com olhar de medo e fissura
O diabo tá dentro do querer
"Do posso comprar, do posso vender
Do devo matar porque posso morrer
Do devo usar pois não tenho nada à perder...
E nem à quem temer
Pagar pra ver
Qual é a do proceder"
Se perdem por pouco
Muito pouco, quase nada
Vários que entram
Vários que saem
Saem com a caroça furada
A mão de obra é barata
Ser humano tá
Valendo quase nada
O jogo é sujo
E a pista é salgada
(Pa**a nada...)