Os papéis que eu varei noites pra escrever um samba
Foram dez, ou foram mil não deu para contar
Meu papel, foi de um sem fé que removeu montanhas
E no céu dos fiéis
Um senhor de tamanha façanha
Os meus pés, sempre pa**aram pelas mãos de um bamba
Ou ao invés, fizeram tudo para eu tropeçar
Se era Deus subi ao palco à pedir perdão
Quando eu era eu, ou não eu, sim ou não
Fui pastor de ovelha negra, branca e sem matiz
De lá do campo e também da matriz
Eu me fiz seu escravo em papel de senhor, por amor
Foi aí que eu vi então que tudo que escrevi
E também todo papel que vivi, só vivi pra você, ó meu grande amor