[W-Magic]
Tão fundo, eu já não vejo para fora
Entre relógios parados, eu já não conto as horas
Marado querer ficar mas ter que ir embora
Lábios tapados são olhos que saltam fora
Sigo silenciada, deixo tudo, vou sem nada
Meto-me no escuro, doem-me os olhos, estou estragada
Eles dizem que saídas são novas entradas
E eu só queria dizer tudo mas só me sai nada
E estou estalando, estalar de vez como um copo atirado
Tenho um laço que me aperta o peito desarrumado
Sentisses o que sinto e éramos um lado
Mas só somos duas pontas com dois pontos virados
Virada do avesso, eu já não bato certo
O meu peito é um deserto, estou tão longe do perto
Perco-me, vergo-me, esqueço-te, desapego
E vou andando, contando estrelas como um cego
[Refrão]
E vou andando, contando estrelas como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
Como um cego, como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
Como um cego, como um cego
[W-Magic]
Ando a caçar miragens, guardo sonhos na carteira
A minha vida é uma margem mesmo à beira do abismo
Sismo nas pontas, tenho atracção pelo platonismo
Está tudo nos meus olhos, não procures mais que isso
Sou a raiz quadrada de uma parede tão vazia
Tenho medo nas pestanas e coragem nas pupilas
Sou um astro em colapso ao final do dia
A rapidez que nos separa mostra que foste fantasia
E vou coleccionando dias aos bocados
Corro estradas com um coração parado
Não me acordo, não consigo, a cama já só tem um lado
Tenho vidros na almofada e letras de fado
Metade dou, metade segredo, metade sonho, metade medo
Mãos trémulas cheiram a desa**ossego
Metade afirmo, metade nego
E vou andando, contando estrelas como um cego
[W-Magic]
Tão fundo, eu já não vejo para fora
Entre relógios parados, eu já não conto as horas
Marado querer ficar mas ter que ir embora
Lábios tapados são olhos que saltam fora
Sigo silenciada, deixo tudo, vou sem nada
Meto-me no escuro, doem-me os olhos, estou estragada
Eles dizem que saídas são novas entradas
E eu só queria dizer tudo mas só me sai nada
E estou estalando, estalar de vez como um copo atirado
Tenho um laço que me aperta o peito desarrumado
Sentisses o que sinto e éramos um lado
Mas só somos duas pontas com dois pontos virados
Virada do avesso, eu já não bato certo
O meu peito é um deserto, estou tão longe do perto
Perco-me, vergo-me, esqueço-te, desapego
E vou andando, contando estrelas como um cego
[Refrão]
E vou andando, contando estrelas como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
Como um cego, como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
E vou andando, contando estrelas como um cego
Como um cego, como um cego