[Verso 1: DK e Lord]
Nem olhou no olho, falou prazer apertou minha mão
Prazer só com mulher, DK satisfação
Entro na roda com celulose apertou um nofi
Mandou um free quis se mostrar pra pessoas que tavam ali
“Se liga aí, os MC na festa dos playboy
Depois chega aqui no morro querendo falar que é nós?
Tá com a vida vazia no meio de correria?
Pra mim é só ostenta pra mundinho de vadia”
O coletivo escutou né? Ouviu as ideias
Percebeu que o caô é fruto de inveja
Nem vem se criando, malandrão que não é cria
Sem ideia pra pa**ar, não tem jeito contraria
Ele aperta a minha mão e apresenta um olhar estranho
Com medo de alguma coisa que não é meu tamanho
Esse aí é pichador vagabundo maconheiro
Foda, queria ser igual a ele parceiro
Foda-se quem me julga podem falar de mim
Tu não sabe o que eu penei e pa**ei pra ser e hoje ser a**im
Vou dizer no morrão tem que saber viver
O bagulho é esse não interessa como eu curto o meu lazer
Minha vide é fé em deus, o que tiver que ser vai ser
Não é um filha da puta de terno que vai dizer o que fazer
Entendeu, para de se pergunta e vem
Bota as letras sobre a base e realize ser alguém
Além disso a molecada já sabe o que é certo
To aqui não é pra falar de crime e sim de manifesto
O resto nós corre atrás to fazendo a cena
E aí bebel vai cruzar os braços e obedecer o sistema
"Esses caras são doidão ADL, o que?
Falando merda se explanando nada haver
Pra mim, coisa de quem não tem nada pra fazer
Um monte de marginalzin querendo aparecer"
Vou de viela à avenida, de barraco a castelo
Vê as cachaças que eu tomo não os tombos que eu levo
Semente de zé povim tu não sabe do que é capaz
Arrasta os irmãozinhos pra gritar solta Barrabás
Em casa que tem cachorro não nasce flor no gramado
O problema não é as Dalila é tu mostra os pontos fraco
Não quero mais Pilatos que só vai lavar as mãos
Sou terrorista favelado querendo revolução
Já parou pra pensar que falta de ação gera a revolução
To fortemente armado de lata e mic na mão
Apoiado pela parte menos favorecida
E criticado pelos merdas que nunca viveram a vida
Os que sabem de menos são os que falam demais
Acham que eu compro maconha com o dinheiro dos meus pais
Se engana quem diz que eu sou um mané fazendo drama
Quem acha que eu sou mais um cuzão querendo fama
Tenho marcas na minha cara cicatrizes no joelho
Acredite, a maior delas fica dentro do meu peito
Cuzão, escuta ai que eu to vendendo meu conselho
Existe muita coisa atrás desses meus olhos vermelhos
Eu não preciso comprar voto desviar dinheiro público
Me dá papel caneta e uma hora no estúdio
Pra pa**ar o sofrimento de quem vive na luta
Que minha boca é do rep, meu ouvido é das ruas
Favela tem sua regra tu tem que saber viver
Nego reclama da vida mas ninguém quer morrer
E se não for pra somar nem vem formando caô
Comédia, só os mudos tem inveja do falador
Tá atirando em tu mesmo, querendo que o outro morra
Eu to blindado com Cristo nessa Sodoma e Gomorra
Ri da desgraça dos outros ria ria não parava
Até que um dia foi ouvir o som da própria gargalhada
Quem quase morreu tá vivo, quem quase vive morreu
Só vem pra tentar minha fé mas nessa aqui tu se fudeu
Tem 1 por cento de chance, 99 de esperança
Tu só tem a inveja pra pesar na balança
Então, sente o cheiro de maconha no relento
Antes que ele se enfureça e te quebrem no argumento
Lamento te dizer mas meu rep não é da linguinha
Minha grana não vem do sofrimento alheio da vizinha
Fechado com os policinha seu furo de reportagem
É o bonde dos ADL praticando a sucessagem
Morado de favela eu sei como usar a voz
Eu sei o que falar por isso as novinha se amarra em nós
Eu excito as safadas, esculacho os otarios
Defendo que sustenta a família com menos de um salário
Todo mundo fala mas, ninguém colabora
Pro mundo que se encontra do lado de fora da escola
Povo de favela, não se misture com essa gentalha
Se enganou madame, pois seu filhinho compra na praça
Para de graça porque eu nunca tive medo disso
Sou o louco que tu não deseja esbarrar tão cedo
Enquanto isso, nego vai falando de mim sem pressa
E as safadas balançando o rabinho a beça
Ai se eu te desse idéia numa hora dessa
Ha se meus irmãos bota**em fé na tua conversa
Ai se eu te escuta**e, não, eu não sou louco
Do contrário eu já tinha matado ou já tava morto