(Flipe)
E eu já não sinto mais nada
Não quero mais nada
São portas fechadas
E o ódio apertado no fundo do peito se escapa
A imagem é clara nos olhos de quem vê
Segura o tranco meu chapa
Ninguém facilita meu parça
É tudo ou nada
Faça sua jogada
Nos corre nas lutas, corrida, disputa mano
Só não me atrasa pois levantei da minha cama insano
Sem minhas algemas que gritam meu nome sendo
Que eu to fora da cena, olhares pró céu as cinzas
Flores murchas escurecidas é o rancor dessa city madames, sejam bem vindas
E nesse meio eu sou mais um, onde o errado é julgado comum
Nada mais me impede
A mudança vem pela frente
Minhas composições já provam que eu pa**ei dos meus limites
Mas pera Flipe
Pois vejo tanta abiose em meio a fumaça dessa cidade que só vem piorando minha tosse...
Lacônico verbo o pulmão pede arrego
A visão fica cega é paz que eu desejo
Querendo o ético na porta do beco, respeito conceito daquele sujeito paredro
Tirando a calceta da perna de nego ingênuo que se solta
E volta batendo na porta sem a opção do emprego
Destaco na frase, esse país não te mostra saída
Ele te prende na vida tão cedo
E o resultado é o ódio perante a pátria, raiz dessa revolta que eu solto através de palavras
Não me impeça, não me impeça nego
Guerra do poeta, censura indireta e nessa selva eu não sinto mais dor
(Pecio)
Enxergo o que não precisa reparo o que não vemos
Esqueça os problemas e os lemas aquilo tudo que lemos
Reflito nas cinzas claras eu penso e não compreendo
Sofro de abstinência mais nunca morro vivendo
Direitos só to no aguardo respeitem os seus padrões
Seus atos sem uma verdade não vão mudar opiniões
Pros problemas da cidade eu vejo a "falta em excesso"
O que falta pro Brasil é só "ordem e progresso"
Soldados de brinquedo, agressão mais violência
Gera ódio em segredo e o Brasil pensa no penta
Antigamente era respeito, agora é o que falta
Programas televisão, só iludem o internauta
Na escola ensinam o certo, e cê vai pro caminho errado
A professora explicou tudo mais não anotei recado
Qualidades são visíveis a olho nú sem camuflagem
Dificuldades que enfrentei fez eu sentir bem mais coragem
Recito com a minha essência mais nada que seja néscio
Subsistência porra!
Prazer meu nome é Percio
Então vai, anota aí, anota aí
Eu fui convocado a ser revoltado
Relatando fatos, a**im vou seguir!
(Mab)
Ainda não dei adeus ao meu pa**ado completamente
Mais garanto daqui pra frente, que vai mudar vai ser diferente!
E to ciente, da a**inatura, escravatura, põe o poeta
Em linha reta, já eximado plano em meta
E a nossa meta, não se completa nem se quieta
Tudo em prol da cultura cumpro postura perante o que fleta
Sedução verbal, revolução mental, ta tudo escrito nas estrelas viva o rap nacional
Reclama com Deus, autodidata, auto ajuda, não me ajuda só me derruba
A vida não muda, coragem absurda, auto estima em baixa
Abaixo fraca**o, regulo meus pa**os, revejo espaço me jogo dentro do hospício
Pra te mostrar o quanto é difícil vencer
Mais como vencer se você não tem nada a perder?!
Firme e forte no proceder
Pesado o fardo, contagem regressiva
Só o uma alternativa, o ponteiro não espera, minha mente é uma guerra
E aqui você vale o que paga
É uma chance, meu mano errou já era
Já era tempo de acordar pra realidade
Realidade, essa que é a realidade
Tempo moderno, eu quero tudo e um pouco mais provável que queime no inferno
Aqui você faz aqui você paga, tudo que vai um dia vem
As vezes me sinto muito mal, fato só por ter feito o bem
Sem argumento nenhum, na multidão sou apenas mais um
Pai, perco a cabeça sozinho penso merda pra Carai
Meu talento é maldição, meu coração ainda é nobre
Raiva sobe escolhe o que cobre, mãe não posso envelhecer pobre
Jóia casaco de onça, responsa aperta
Tenho certeza, fico de alerta, tudo acontece na hora certa
Desde o começo, preparo tropeço me ligo no preço, cabresto, proposto pra queda, merda
Tempos difíceis muito triste, mais não deixes de sonhar
Você só tem mais uma chance ganhe custe o que custar
Deus sabe tudo o que ele faz, irmão confia em mim
Isso é Subsistência por isso vou até o fim!
Eu vou seguir, eu vou seguir
Honrando a bandeira, o sangue , a pátria no peito fajuto soldado escopim!