Dá-lhe tempo, não te esforçes
Ele tem talento
Não guarda dinheiro
Pode ganhar o totoloto de repente
Vive como se o mundo tivesse acabado em 2012
Não perde tempo no ginásio porque no fim só sobra osso
Entre grandes e altos age desinteressado
Um corpo mede o mesmo quando vai deitado
Tapado por um palmo que não deixa ir a nenhum lado
Nem carteiras nem bolsos para te manter ocupado
Não tem valor ou cor
Não tem sabor nem dor
Se sabe a pouco não sobra rancor
Cleptomania, uma doença que no fundo até compensa
Meter mais uns sacos na despensa
Rapaz já pensa, crime recompensa
Bela dor de cabeça
Falta-lhe o pio
Estado é sombrio
Puta que pariu
? grande e fugiu
Mas não lhe olhes a**im
Só por ter um rim
Ele anda por aí a fazer mal a ti e a mim?
Súbito
Se é por vaidade, necessidade ou rebeldia
O objetivo é sempre o mesmo
Ter lucro ao fim do dia
Segurança, chibos e polícia
Câmaras ocultas, escutas e vigia
Tem sempre um plano
Seja um banco ou ourivesaria
Uma casa, uma roulotte, uma velha ou uma tia
Ladrão faz o câmbio não se importa com a quantia
Seja nota, moeda, dólar, euro, libra
Ladrão não se faz da noite para o dia
Ladrão está no sangue
Já vem de família
Ladrão gasta o lucro com a tua companhia
O que vê não fala e o que ouve não se chiba
Se precisares ele anda sempre por perto
Casino de Tróia, Praia do Meco
Orienta-me esta semana
Sexta-feira
Festa de Techno
Rasga a camisola
Língua de fora a noite dentro
A viagem é só de ida
Saco vazio, sem dinheiro e sem bebida
Três dias sem dormir
Menos cem dias de vida
Porque a sua felicidade está nos pormenores
Com a farsa da sociedade
Não seguir o vosso caminho
Vivem como se nunca fosse morrer
Morrem como se nunca tivessem vivido
Ser felizes é normal de uma forma natural
Convencer o tribunal
E não deixar que nada volte a correr mal