[Verso 1: Diogo Loko]
Quero espaço, caço, chapo
Sempre em busca do melhor
Mais focado, barraco, uns tragos
Atrás da carreira que num é de...
Sei que embaço, e o fraca**o
Do pela saco atrás de B.O
Que veio de embalo mas cheio de atraso
Sei que vai cair no efeito dominó
Caraio muleque!
''Zói de bila'' cresce, ele chapa na track lá do Vietclã
Preso no pa**ado, vivendo o hoje
Esse pobre coitado nem tem amanhã
Aponte seu dedo pode só pra me julgar
Como eu devo escrever, me portar ou cantar
Só vim te dizer pra tu não esquecer
Que a formiga sabe a folha que vai cortar
Eles pensam, eles falam, mas nunca trabalham
Admiram o que eu faço, eles treme neguin
Pro verme entocado isso é rap pesado
Sei que é muito isqueiro pra pouco estopim
Pé na porta caralho, na selva de aço
Pronto pro arregaço, é fogo do verdin
Querem o que eu tenho, não tem o que eu quero
E nem se tivessem seria o meu fim
Hoje sei dos bang que pa**ei
Cada vez que o inimigo veio me testar
Registrei, num falei, esperei
Batido cê num vai pa**ar
Nem pensei, me atirei, tropecei, levantei
Quando errei voltei para acertar
Foi de lei, que chinês reparei
Que suas leis não pode só tentar parar (que se foda)
Vários anos na estrada, só conceito na quebrada
Recitando minha levada, favelinha Samambaia
Um salve pros camarada que na planta taca ''fyah''
Lá no bosque nego chapa, sem pala e nem trava
Bom no discurso, fraco na ação
Falso amigo que aperta sua mão
Iludido querendo falar de ilusão
Se fechou, tá falado, falou falastrão, fui!
[Verso 2: Nocivo Sh*mon]
Tamo no jogo, tamo na pista
Tacando fogo, ataque terrorista
Liga os palhaço malabarista
Viver de ilusão, só pra ilusionista
Bonde pesado, ódio maquinista
Na arte do crime tem vários artista
Pra nós é pouco ficar com o troco
Pipoco no corpo do porco racista
Erro do super homem, sempre subestimar
Bala de kryptonita na vida, quero ver peito de aço segurar
Um, dois, quem vai tombar?
Pra morrer só desacreditar
Basta ta vivo pra morte buscar
Morte, um valor no dom de levantar
Tudo que pa**ei, sofrimento, lição
Quantos acreditei? Plantei ajuda, colhi traição
Então liga os menino missão
Linha de frente na situação
Contra quem testa febre de ladrão
Convite pro crime, linda sedução
Din din na conta, mulher de montão
No tabuleiro quem quer ser peão?
Chefe da máfia, rolê de patrão
Selva de pedra fabrica vilão
É muito mais do que querer
Pra se envolver tu tem que ter visão
Seja sagaz pra sobreviver
Inveja aqui mata mais que caveirão
Ambição cega os irmão nos corre dos real
Pistola cromada, sangue na calçada, gangue de ParaFAL
Na mão, vendaval, balada, boutique
Coração iceberg que afunda os titanic
Consumidor de bic, skunk, isqueiro
Juntava inimigo, agora quero juntar dinheiro
''Artdeiro'', ''streeteiro'', tamo aí, nós é ralé
Impressionante igual break, amante de ollie air
Meu rolê já vem de uns dias, igual Sandro, skate no pé
E avisa pro fazendeiro que eu não vim servir café
E aquele que não botou fé, avisa pro zé que o retorno é Jedi
O império ta de pé, na Babilônia que cai
[Refrão: Nocivo Sh*mon]
Tamo no jogo, tamo na pista
Tamo no jogo, tamo na pista
Tacando fogo, ataque terrorista (4x)
[Verso 3: Leoni]
Invadindo o jogo, quebrando os console
Não da pra flipar sem saber mandar ollie
Fazendo meus corre em prol da minha prole
Se existe uma fonte vou buscar meu gole
Quero que se foda a PM racista
Pode levar junto a madame fascista
E os que roubam de terno, eu já sei
Que no inferno o diabo os aguarda com nome na lista
Eles chegaram 500 anos atrás
Dizimaram o povo que vivia em paz
Hoje não é diferente, reclamam do oriente
Na real é o ocidente que fabrica o antraz
Muita calma rapaz, o mal vem de sedex
Satanás ta pilotando um carro com giroflex
Te pegam na truculência, sem um pingo de decência
Perguntando a procedência do relógio rolex
Tô indo pra casa, senhor
E o game que eu falo é meu rap
Não adianta bancar o opressor
Tá lidando com um homem e não com um moleque
Meu crime é fatcap
Pela quebrada eu picho e pinto o 7
Não sou trafica, então não bate bad
Sou usuário, não sou serelepe
Eu vim do pântano, esse é meu cântico
Nada romântico, não to aqui pra brincadeira
Eu sou islâmico, humor atômico
Explodo os átomos dos pela que fala besteira
Trincheira de guerra é o rap
Com uma única diferença
Aqui eles brigam por fama e dinheiro
Não por etnias ou crenças
[Verso 4: Snow]
Brocando os colete, rap não é enfeite
Plow! Pau no cu dos PM
Trema sistema, revolta no ar
Rap pesado é o do ceará
Nós tem pra trocar se for preciso
E contra o governo meu rap é nocivo
Sigo na saga, sem deixar falha
F.L.M é o terror pros de farda
Eu vi os menor crescer sem ter dó
PM invadir, matar no ''curió''
É lamentável a injustiça
Não existe justiça pra julgar a polícia
Chacina na Zaria, foi 11 inocente
Ninguém é do crime, morreu até crente
Gente da gente, povo da favela
Quer os pilantra dentro da cela
''Fogo nas porcas'', os cria na cobrança
Comando pacificando, acabando a matança
E eu sigo no certo, cobrando o errado
Peso na caneta, verso disparado
Contra o sistema filho da puta
Contra a PM que oprime, que julga
Aqui é o rap, pra muitos o crime
De mic na mão, não subestime!
[Ponte/Refrão: Nocivo Sh*mon]
Erro do super homem, sempre subestimar
Tamo no jogo, tamo na pista
Tamo no jogo, tamo na pista
Tacando fogo, ataque terrorista (3x)