[Verso 1]
A matéria-prima é extraída da adolescente que engravida
Induzida pela p**nografia vinda das ondas televisivas
É estocada na primeira infância nos galpões de privação
Pros neurônios em formação serem destroçados pela inanição
Nas alienantes salas escolares é brutalmente exportada
À tortura nos reformatórios, C.D.Ps e penitenciárias
Depois do ódio envelhecido em tonéis de abandono
Ganham selo de qualidade pra carbonizar carros junto com dono
[Refrão x2]
Na linha de produção da Fantástica Fábrica de Cadáver
Todo favelado é um produto criado pra atirar e morrer em combate
[Verso 2]
A criação da cla**e A é induzida pra saída explosiva
Pra pegar entre os escombros do caixa notas sem respingos de tinta
Programadas pros domingos sangrentos e as segundas lutuosas
Entram a liberação de corpos tatuados com gramas de pólvoras
Perfuram vítimas indicadas até receberem registro em cartório
Com uma guia de sepultamento e um atestado de óbito
No fim do prazo de validade deixam a urna vedada pra odores
Pra serem descartadas como dejetos numa cova sem lápide e flores
[Refrão x2]
Na linha de produção da Fantástica Fábrica de Cadáver
Todo favelado é um produto criado pra atirar e morrer em combate