Enquanto você para e espera
Eu ando, invado
Eu abro a porta e entro
Enquanto você cala quieta
Eu brigo, eu falo
Eu berro, eu enfrento
No canto dessa sala emperra
Eu ligo, acerto, eu erro
E eu tento
Enquanto você fala espera
Aflito eu fico e digo
Eu não entendo
No banco sem guitarra elétrica
Com violão
Escrevo esse lamento
Pois como molha a agua a pedra
Meu canto
Encerra o seu esquecimento
Não sei porque você
Insiste em demorar
Eu quero que você
Diga já
Que seja no Japão
Jamaica ou Jalapão
No Jaraguá ou na Guiné
De charrete ou caminhão
De carro ou caminhando a pé
Eu vou