[Verso 1: Leo]
Sequelas de uma loucura. Mazelas ainda sem cura
Enquanto luto contra o louco fruto dessa vida dura
Pode chorar, implorar, pedir pelo amor de Deus
Culpar quem tá do lado que os erros ainda são seus
Por mais que cada pensamento pese uma tonelada. Reze, irmão!
Peça de volta a mulher amada
Se tem uma crençã crê. Não é só o que o olho vê
Sentir, pra entender, que enxergar é perceber
Caminhar é correr. Então, se acostuma
Você vale o que tem, e não é ninguém se você não tem porra nenhuma
Faz seu corre, que aqui o próximo ri enquanto você morre
Quer viver? Pelo menos faz uma pra não morrer
Terra de cego, guerra do ego
Mata os irmãos, vai no caixão pra ver se tá bem firme os pregos
Povo sem crença, não vê diferença. Que se foda, jão
É o sistema e você só tá de esquema nessa porra toda irmão
[Verso 2: Neto]
Mazelado. Apriosionado às consciências
Sapiência... hoje nada comparado
Ao lado que me visita. Me apresento nada insento no mundão
Minha lucidez não tem a**ento nesse bonde
Verdade se esconde, mais nada importa
Atrofiados somos. Sentido algum, rapaz comum
Apego algum, por hora. Agora, zelo esca**o
À pa**agem, à existência e sua conduta. Outro maço
Traço o plano além do que dinheiro a se dever
Fórmulas a descobrir. Estar aqui não ser daqui
Sem notar ação esquerda ao repulsar
Da real de dói, corrói. Faz mal pensar
Destrói. Desilusão no alicerce terreno
Longe do pleno, toda noite a mercê do fraca**o
Tragando a babilônia num instante de inconsciência
A consequência por aqui uns chamam de fardo. Amargo
Escuta a luta, mão suja indigna da graça
Porém ciente da verdade absoluta
É o que traça meu amanhã, nossa luta é quase vã
No momento, sanidade em coma num chão de lamento
Impotência frente a decadência. Me condeno
Ri, mas não desacredita. A cada dose de veneno
Num mundo distante, imundo e abundante
Do que nos desgraça, traço plano subverter
Sem ter pra ser, a**im, depois fazer
O pa**ar é impessoal. Foi mal. Viva por mim não por você