[Verso 1]
Eu tenho os meus direitos, juntamente com os meus deveres
Nos momentos em que eu tenho, eu dou tempo a simples prazeres
Tipo ver o sol se pôr, ver no horizonte o sol morrer
Eu dou valor ao ver no horizonte o mermo sol nascer
Fechei meus olhos, e num instante o meu mundo se expande
Um começo lindo, fiz fingir nunca ter visto antes
Pois a lua já se foi, mas ficaram-se as estrelas
O sol chegou depois, mas ainda é possível vê-las
E eu voltando de busum, chegá em casa, eu fumo um
São quase 6 da manhã, quantos vão sentir o futum?
Bota a cara e sente o vento, vem um cheiro de sereno
Espera mais meia-horinha e tu só respira veneno
Esse mundo é sedento por coisas materiais
Como eu posso ser a**im, tão feliz, com coisas tão normais?
Irmão, eu amo a minha sina de reflexões e rimas
E terminando aqui, eu vou dormir com a minha mina
[Refrão]
Eu agradeço a Deus, quando tudo tá bem
Quando tudo tá mal, agradeço a Ele também
Mas quando eu tô no breu, quem é que vem me ajudar?
Eu agradeço os meus, eu agradeço os meus (x2)
Mas quando eu tô no breu, quem é que vem me ajudar?
Eu agradeço os meus, a Tomba e o Quinto Andar
[Verso 2]
Eu agradeço por ver essa infinita sabedoria
Me deu duas pernas pra transporte e uma cabeça como guia
Deu a terra pra colheita, fez a noite e o dia
Não nos deixou a receita, mas fez bem pra quem aprecia
E desde que eu crescia via sua lógica em todo canto
Seu manto, sua poesia, que eu não via, mas venho e canto
Com o tempo eu aprendi a valorizar simples prazeres
Com pausas pro pôr-do-sol, ignorando meus afazeres
Deveres vão ser cumpridos no tempo em que a vida pede
Na febre com meus escritos, recitos em meio a verb
Expresso dos meus conflitos, realizo enquanto reflito
Aflito eu tava antes, na calma, a mente se serve
Já não sou o mesmo de antes, aprendo e a vida segue
Nascido com a paz de Gandhi, e há instante em que a paz se perde
Perfume é pro olfato, sabor pro paladar
Tô vivo, não sou ingrato, sei que Deus fez pa me agradar
[Refrão]