Vivo com uma faca enterrada nas costas, ai!
Que bom que é
Que bom que é
Que bom que é
Sentado à espera de Dom Sebastião
A cadeira nem é minha, é do papão
Que bom que ele é
Que bom que ele é
– Um, dois, um-dois-três
Paciência, fica pra outra vez
Vivo com a fome entalada na garganta
Que bom que é
Que bom que é
Que bom que é
Sentado à espera que o céu me dê pão
A cadeira, emprestou-ma o sacristão
Que bom que ele é
Que bom que ele é
– Um, dois, um-dois-três
Paciência, fica pra outra vez
Vivo com a guerra a bater à minha porta
Que bom que é
Que bom que é
Que bom que é
Sentado à espera do obus dum canhão
A cadeira, emprestou-ma o capitão
Que bom que ele é
Que bom que ele é
– Um, dois, um-dois-três
Paciência, fica pra outra vez
Vivo a trabalhar nove dias por semana
Que bom que é
Que bom que é
Que bom que é
Sentado à espera da revoluçã
A cadeira, emprestou-ma o meu patrão
Que bom que ele é
Que bom que ele é
– Um, dois, um-dois-três
De Oliveira e quatro
Vivo com uma faca enterrada nas costas, ai!
Que bom que é
Que bom que é
Que bom que é
Sentado à espera de Dom Sebastião
A cadeira nem é minha, é do papão
Que bom que ele é
Que bom que ele é
– Um, dois, um-dois-três
Paciência, esta agora vai de vez