Dizem no norte: os do norte é que são bons Dizem no sul: os do sul é que são bons Dizem no campo: nós é que somos os bons Dizem na cidade: nós é que somos os bons Bem, para isto não ficar Numa canção em dois tons Vou tentar abreviar Somos todos muito bons! Que a capital seja em Lisboa ou no Porto O capital é que é preciso ver morto E é natural Que não seja ele a matar-se E vamos lá, mal por mal Queira até socializar-se. Gente do sul, gente do norte Gente que quer sair do nada Há uma cla**e exploradora E há uma outra que é explorada. Gente do campo, gente da cidade Gente que quer sair do nada Há uma cla**e exploradora E há uma outra que é explorada.
Quem é que explora toda esta rivalidade Quem tem nas mãos, sul, norte, campo, cidade Quem é que puxa Os cordelinhos da gente Nos põe na boca uma chucha E nos empurra para a frente. Faz-me lembrar quando ainda eramos meninos E nos mandavam à caça aos gambuzinos Só que os meninos Estão a crescer de estatura E antes de cantar hinos Querem ver a partitura. Gente do sul gente do norte, etc. A pôr fronteiras entre Minhos e Sados Ainda acabamos todos encurralados A fazer manguitos Ao irmão do outro lado E a gritar: estamos quites Lixaste-me e estás lixado Dizem no norte os do norte é que são bons Dizem no sul os do sul é que são bons, etc...