[Verso 1: Serena Assumpção] 2x
O sino da igrejinha
Faz belêm-dêm-dêm
Deu meia-noite
O galo já cantou
Seu tranca-rua que é dono da gira
Oi corre gira que ogun mandou
[Verso 2: Karina Burh & Luê]
Naquela ventania, ô gangá
Que sobe o pé da serra
Vejo a bombogira, ô gangá
Que vêm gritar na terra
[Verso 3: Zé Celso Martinez Corrêa]
Exu
é o começo
Atravessa o avesso
Exu é o travesso
Que traça o final
Exu é o pau
No caule que sobe
Sozinho que sabe
O caminho de além
De bem e mal
Dito
Pelo não dito
Odara é bonito se a água não acaba
Elegbara elegante no falo que baba
Exu é quem cruza e descruza o amor
Bará não tem cor
Estará onde quer que qualquer corpo for
Pra todo trabalho
é o laço e o atalho
é o braço e a mão
Do falho e do justo
Exu é o custo
Do movimento
O tormento do ser
Que não é
Exu